“Ainda esta semana falei com o presidente da Associação do Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), que me enviou uma carta a propósito da subida dos preços da eletricidade e dos preços gás”, referiu Pedro Siza Vieira, à margem de uma conferência de imprensa sobre a participação de Portugal como país-parceiro na feira industrial de Hannover Messe em abril de 2022.
Adiantou que “não podemos esquecer que no próximo ano a energia elétrica em Portugal vai ter uma significativa redução naquilo que são as tarifas de acesso às redes”.
Para o ministro isso significa que para os consumidores domésticos e em baixa tensão no mercado regulado o preço da energia vai baixar relativamente ao início deste ano.
“Já tivemos boas notícias na eletricidade, no preço do gás é mais difícil, mas iremos continuar a trabalhar”, afirmou.
Questionado se prometeu medidas concretas ao presidente da ATP, Siza Vieira respondeu: “Não prometo nada, eu trabalho e tal como fizemos relativamente à energia elétrica não nos comprometemos com nada até termos as condições verificadas para podermos estar confiantes de que no próximo ano as tarifas de acesso à rede vão-se reduzir muito significativamente”.
Segundo o ministro, Portugal tem uma maior penetração de energia renovável do que outros países e assim pode esperar que nos próximos anos a energia passe a ser um fator de competitividade da indústria.
“Aquilo que ouvimos dizer, que a energia elétrica era mais cara em Portugal do que no resto da Europa vai, afinal, tornar-se numa vantagem competitiva já a partir do próximo ano”, disse.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou a 14 de outubro esperar que a atual subida de preços da energia não se prolongue para além de “março, abril” de 2022, prejudicando a recuperação económica, mas alertou que após esse prazo seria um fator que pesaria na retoma da economia na Europa e no mundo.
Pedro Siza Vieira concordou que a subida dos preços deverá ser “pontual”, mas realçou que o Governo ficará atento.
“Temos de estar sempre atentos a estas circunstâncias. Não vale a pena pensarmos que estas circunstâncias são sempre irreversíveis, temos que estar sempre preocupados em assegurar que monitorizamos as condições de evolução dos custos das matérias primas ou do preço da energia e que criamos as melhores condições, ou as menos más condições, para as empresas portuguesas na concorrência global que enfrentam”, disse.
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