Segundo o responsável do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte (STIHTRSN), Francisco Figueiredo, o protesto decorreu das 08:00 às 11:00 e deveu-se ao "insucesso das negociações com grupo Trofa Saúde, há mais de um ano, para resolver alguns problemas dos trabalhadores das suas unidades de saúde e do ‘call center’".
Acusando o grupo de "não aplicar a contratação coletiva aos 90 trabalhadores do ‘call center’ a trabalhar na Trofa", Francisco Figueiredo explicou que a entidade patronal, "ao não reconhecer o direito à contratação coletiva (CCT)", pretende converter um "aumento salarial para todos em prémio de produtividade só para alguns".
"Ganhando 600 euros, os trabalhadores do ‘call center’, uma vez aplicado o CCT mais o subsídio de turno por trabalharem até às 23:00, teriam um aumento a rondar os 100 euros. Ao invés, a empresa propôs um prémio de 120 euros, trimestral, e que, além de ser pago faseadamente, só de aplicaria aos premiados", explicou o sindicalista.
“Paradoxalmente”, acusa Francisco Figueiredo, “o grupo Trofa Saúde não garante condições mínimas de saúde aos trabalhadores", laborando em zonas onde o "ar condicionado está avariado e sob telhas de amianto que deixam entrar frio e que põem causa a sua saúde".
Outro dos motivos do protesto tem que ver com o facto de as "alterações das escalas serem sistemáticas".
O sindicato dizer haver funcionários “a trabalhar 12 horas", para além de que "não há liberdade de expressão".
Segundo Francisco Figueiredo, a "empresa proíbe a reunião de trabalhadores, o que determinou, por exemplo, que a votação para os delegados sindicais tivesse de ser feita à porta da empresa".
Em compasso de espera até à eleição dos delegados sindicais em falta em cada uma das sete unidades do Grupo Trofa para depois avançar com mais um pedido de reunião ao grupo para debater os temas, o sindicalista ameaçou, caso seja recusado encontro, "apresentar a questão ao Ministério do Trabalho".
A Lusa tentou obter uma reação do grupo Trofa Saúde, mas até ao momento não foi possível.
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