“No que respeita à contrapartida da oferta, o Conselho de Administração considera que o valor da contrapartida da oferta é adequado; no caso de o resultado da avaliação que está a ser levada a cabo por auditor independente designado pela CMVM, divergir em termos substanciais da contrapartida financeira oferecida pelo oferente, o conselho de administração reservar-se-á a faculdade de poder ter um entendimento diverso”, refere a Media Capital em comunicado enviado ao regulador dos mercados.

O conselho de administração do grupo de media refere também “que o tempo de execução da oferta não é indiferente para efeitos da aferição sobre o mérito da mesma, uma vez esta se protele significativamente no tempo, caso em que, o decurso do tempo pode afetar a razoabilidade dos termos da oferta agora analisada”.

No que respeita ao plano estratégico a ser prosseguido pela oferente relativamente à atuação da sociedade visada e dos seus negócios, o Conselho de Administração diz que “acolhe favoravelmente” os termos da oferta.

Já no que respeita à oportunidade da oferta, o Conselho de Administração entende não dever pronunciar-se uma vez que se trata de uma oferta obrigatória lançada na sequência de uma deliberação do regulador, pelo que “não lhe cabe avaliar da oportunidade de uma oferta desta natureza”.

Em 25 de novembro, a Pluris Investments, do empresário Mário Ferreira, lançou uma Oferta Pública de Aquisição sobre 69,78% da Media Capital.

Segundo o anúncio preliminar da OPA, divulgado na semana passada pela CMVM, a operação incide sobre a totalidade do capital da dona da TVI que a Pluris não controla, em conformidade com a decisão que regulador emitiu.

O ano de 2020 marcou uma reviravolta na estrutura acionista da Media Capital, com a entrada do empresário Mário Ferreira e a saída da Prisa, mas ainda falta o desfecho das duas OPA sobre a empresa.

Depois de três tentativas de compra falhadas na última década e, numa altura em que o setor atravessa uma crise agravada pela pandemia de covid-19, a dona da TVI espera agora ganhar novo “fôlego” com Mário Ferreira, dono da Pluris Investments e da Douro Azul, na presidência.

De acordo com a nova estrutura acionista da Media Capital, disponível no ‘site’ com data de 03 de novembro, a Pluris Investments detém 30,22%, seguida da Triun, com 23%, Biz Partners (11,97%), CIN (11,20%), Zenithodyssey (10%), Fitas & Essências (3%), DoCasal Investimentos (empresa da apresentadora e diretora de entretenimento e ficção da TVI, Cristina Ferreira), com 2,5%, e NCG Banco (5,05%).