Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no dia em que o Banco Central Europeu (BCE) autorizou a operação, a CGD deu conta de que considera que este é “um evento subsequente ajustável” e que, por isso, “as contas referentes ao período findo a 30 de junho de 2019 serão alteradas para acomodar os efeitos desta decisão”.
“Considerando as informações atualmente disponíveis, o impacto estimado na valorização desta participação com referência a 30 de junho de 2019 é positivo em 135 milhões de euros no resultado líquido do período e nos capitais próprios consolidados da CGD”, devido ao “ajustamento, ao valor da venda, das imparidades registadas nas contas da CGD no final de 2017″, adiantou o banco público.
“Deste modo, o resultado líquido com referência a 30 de junho de 2019 será de 417,5 milhões de euros. Neste cenário o rácio CET1 passa de 14,8% para 15,1%” indicou o banco público.
No dia 30 de julho, a CGD anunciou lucros de 282,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2019.
O banco adiantou que a aprovação do BCE da venda de 99,79% da filial espanhola ao Abanca “conclui o processo de aprovação, por parte das autoridades competentes, da venda daquela subsidiária, do qual tinha sido dado nota na comunicação ao mercado efetuada pela CGD em novembro de 2018″.
A CGD referiu ainda que, “de acordo com o contratado, o processo de alienação deverá estar concluído durante o mês de outubro de 2019″.
De acordo com o calendário previsto neste projeto a integração informática, jurídica e financeira das duas entidades deverá ser realizada “no primeiro trimestre de 2020″, segundo um comunicado do Abanca, divulgado hoje.
A entidade bancária espanhola revela que uma vez concluída a integração do Banco Caixa Geral, o Abanca irá somar um volume de negócios de 7.000 milhões de euros e 131.000 clientes.
A instituição vai pagar 364 milhões de euros pela aquisição do Banco Caixa Geral à CGD.
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