“As vendas para a restauração sofreram uma quebra de perto de 50% tanto em volume como em valor e não é expectável que a situação melhore nos próximos meses, pois a situação epidemiológica é grave, a confiança dos consumidores está em níveis muito baixos e não iremos contar com o fluxo de turismo que tivemos nos anos anteriores”, apontou, em resposta à Lusa, a Associação de Vinhos e Espirituosas de Portugal (ACIBEV).
Só nos primeiros nove meses do ano anterior, o mercado nacional de vinho, que inclui a distribuição e a restauração, sofreu uma quebra de 10,9% em volume e 24,2% em valor, face a 2019, tendo o preço médio diminuído 14,9%.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), as exportações de vinho nacional registaram um aumento de 3,4% em volume e 2,3% em valor em julho e agosto, em comparação com o mesmo período de 2019.
No primeiro semestre de 2020, estas exportações tinham registado descidas de 1,2% em volume e 0,9% em valor, sobretudo impactadas pelos resultados do segundo trimestre (retrocessos de 4,9% em volume e 2,9% em valor”, quando a pandemia de covid-19 “começou a afetar drasticamente os países da Europa”, explicou a ACIBEV.
Conforme sublinhou a associação, verifica-se “uma grande volatilidade nos mercados internacionais”, com “quebras acentuadas” nas exportações portugueses para a China, Angola, Alemanha e França.
“O setor vitivinícola é um grande impulsionador da economia nacional e um instrumento relevante para a manutenção das comunidades rurais e ordenamento do território, por providenciar emprego, oportunidades de investimento, estabilidade económica e sustentabilidade ambiental”, vincou a ACIBEV.
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