A grande maioria dos países europeus também não permite a entrada de cidadãos vindos da China sem o necessário visto. João Pedro Pereira, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Sino-Portuguesa, diz que no caso de Portugal seria uma medida positiva em caso de reciprocidade.
"Para Portugal, dar essa reciprocidade pode até ser vantajoso, para atrair um maior volume de turistas chineses. O Turismo de Portugal tem vindo a afirmar que pretende captar mais turistas do gigante asiático, inclusive nos certames internacionais do setor em que participou na China. Por outro lado, poderá ser útil no alavancar da atividade das câmaras de comércio e da AICEP no âmbito da promoção de venda de produtos portugueses à China, organizando missões inversas de visita de empresários chineses a Portugal, para conhecerem a qualidade dos nossos produtos e serviços nos mais diversos setores de atividade”, diz João Pedro Pereira ao jornal Plataforma.
De acordo com o empresário, o governo português, juntamente com António Costa, até poderia servir de ligação à UE.
"Portugal é o país europeu com mais longa história de relações comerciais diretas com a China. A Europa devia ouvir Portugal, não apenas nos temas relacionados com África e América Latina – por causa do peso da língua portuguesa nestes continentes e da nossa ligação umbilical a essas regiões. Deve também ouvir com atenção Portugal nos temas das relações com o Oriente, incluindo a Índia. O facto de António Costa presidir ao Conselho Europeu dotará a UE da capacidade de reconhecer o papel de charneira de Portugal nesse diálogo intercultural, social e económico entre o Oriente e o Ocidente. Nos tempos que correm o ‘soft-power’ e a capacidade de diálogo diplomático, ao nível político e económico, que o mundo português representa, não apenas na sua representação formal e institucional, mas também ao nível da importantíssima diáspora, são factores a valorizar definitivamente", diz.
Refira-se que esta medida da China será apenas um política “experimental”, com final previsto para 31 de dezembro do próximo ano.
Comentários