Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 1,01%, o tecnológico Nasdaq recuou 0,18% e o alargado S&P500 perdeu 0,64%.
A praça bolsista tinha começado mal, depois de conhecer os resultados da Home Depot, que fechou, aliás, em baixa de 2,51%, que apresentou, antes da abertura da sessão, um volume de negócios trimestral muito inferior ao esperado, mencionando “pressões” sobre a procura.
“Isto derrubou toda a gente”, comentou Steve Sosnick, da Interactive Brokers. “Não foi nada bom”, insistiu.
O analista sublinhou que o trimestre contabilístico da Home Depot fechou no final de abril, o que o torna em uma espécie de indicador mais atual do que os balanços apresentados pela maior parte das empresas, relativos aos primeiros três meses do ano.
A impressão foi confirmada com a divulgação das vendas do comércio retalhista nos EUA, em abril, que cresceram 0,4%, em termos mensais, quando os economistas esperavam o dobro: 0,8%.
Ao mesmo tempo, outros indicadores mostraram um quadro mais positivo da conjuntura económica dos EUA, nomeadamente a produção industrial, que aumentou 0,5% em abril, quando se esperava que saísse estável, ou o índice de confiança dos promotores imobiliários, também sensivelmente acima das expectativas.
“Estes números são elevados” e próprios para dissuadir a Reserva Federal (Fed) de descer a sua taxa de juro de referência no curto prazo, estimou Steve Sosnick.
Impressão esta reforçada com as declarações de vários administradores da Fed, nos últimos dias, que defenderam a ideia da manutenção da taxa a um nível elevado a médio prazo, com alguns a defenderem mesmo subidas suplementares, destacou Jack Ablin, de Cresset Capital.
O panorama bolsista geral foi aliviado por alguns desempenhos do setor tecnológico. “Privilegia-se a qualidade” e as mega capitalizações, como a Alphabet, que acabou em alta de 2,68%) ou a Amazon (+1,98%), disse Ablin. “E há também a vaga da inteligência artificial” (IA), que aproveita aos atores mais visíveis desta tecnologia.
A audição no Congresso de Sam Altman, presidente da OpenAI, que criou o ChatGPT, ocorrida na terça-feira, colocou, como se fosse preciso, mais luz sobre a IA e as suas vastas possibilidades.
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