
O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, acabou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 41 cêntimos abaixo dos 69,77 dólares com que encerrou as transações na quarta-feira.
O Brent perdeu terreno, com os investidores a avaliarem a escalada da tensão no Médio Oriente e os seus potenciais efeitos no fornecimento de petróleo.
A cotação subiu de forma acentuada (4,34%) na quarta-feira, depois de se conhecer um entendimento entre China e EUA sobre as taxas alfandegárias, a decisão de Washington de retirar parte do pessoal na embaixada no Iraque e o conselho aos norte-americanos para que não viagem para este país, dado o agravamento da tensão com o Irão.
Hoje, Donald Trump disse que existem possibilidades de um ataque de Israel a infraestruturas nucleares iranianas, acrescentando que acreditava que não estava "iminente".
Perante este cenário, o analista-chefe da Global Risk Management, Arne Rasmussen, comentou no Linkedin: "A pergunta-chave é como é que o Irão pode responder?".
Acrescentou que "está claro que as embaixadas e bases dos EUA na região são alvos potenciais. Para o mercado petrolífero, o pesadelo absoluto é o fecho do Estreito de Ormuz. Se o Irão bloquear este Estreito, pode afetar até 20% do fluxo petrolífero mundial".
Esta situação desenvolve-se no contexto das negociações entre Washington e Teerão sobre o nuclear iraniano, que devem prosseguir este domingo na capital de Omã, Mascate, na que será a sexta reunião entre as partes.
RN // MCL
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