Num futuro distante, em que a disparidade salarial de géneros ainda é uma realidade e o Sporting ainda não foi campeão, a rede social Twitter ganhou vida própria, ameaçando a existência da Humanidade com constantes piadas fraquinhas e intermináveis discussões entre pessoas que no fundo até concordam.

A solução – enviar uma robô Exterminadora (interpretada por Renée Zellweger) ao passado a fim de dar um calduço assim daqueles bem arreados no primeiro homem que achou normal pagar menos a uma mulher do que a outro homem pelo mesmo trabalho, na esperança de criar uma sociedade mais justa e decente onde não seja necessário inventar redes sociais.

Desenvolvida com tecnologia de ponta, a Exterminadora é feita de material biónico de última geração criado para suportar frases como “mAs nEm tOdOs oS hOmEnS sÃo aSsIm” e “mas como é que ela estava vestida?” sem ativar o seu protocolo de auto-destruição nem revirar os olhos como a menina do Exorcista.

Renée Zellweger – desprezada pelos críticos de cinema por ter um daqueles nomes que é preciso estar constantemente a checkar no Google se está bem escrito e por ter um primeiro nome estranhamente mais complicado de escrever do que o último – tem sido muito elogiada pela sua prestação, naquele que é o primeiro papel na sua carreira em que não come gelado enquanto chora, o que provavelmente lhe valerá o terceiro Óscar.

“A Exterminadora” é realizado pela cineasta Sarah Lynnn, também ela enviada de um futuro distante onde Hollywood dá oportunidades a mulheres de realizarem blockbusters.


No Dia da Mulher, o SAPO24 convidou humoristas para escreverem sinopses alternativas de filmes cujos protagonistas são homens mas que, neste contexto, seriam substituídos por mulheres. Num mundo ainda muito marcado pela desigualdade de género, utilizamos o humor para tentar mostrar o que (ainda) é diferente e (ainda) é igual no tratamento que todos nós damos a homens e mulheres.