O Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH) vai avançar com várias medidas para reforçar a segurança ferroviária, que diz darem resposta às reivindicações dos maquinistas, que marcaram uma greve para esta sexta-feira, segundo um comunicado.
O ministro das Infraestruturas e Habitação negou hoje qualquer "relação de causa e efeito" entre sinistralidade ferroviária e taxa de alcoolemia dos maquinistas, apontando a falta de investimento na infraestrutura como o principal motivo dos sinistros em Portugal.
O SMAQ, sindicato dos maquinistas, convocou uma greve geral a 6 de dezembro, face à ausência de clarificação do Governo sobre relação entre sinistralidade ferroviária e taxa de álcool destes trabalhadores e para exigir condições de segurança adequadas.
A nova greve convocada pelos maquinistas já está a ter impactos na circulação de comboios da CP, tendo a transportadora suprimido 257 composições, de 1.193 programadas, entre as 00:00 e as 20:00 de hoje.
Os maquinistas da CP convocaram uma nova greve de 24 horas para a próxima sexta-feira, dia 10 de março, tendo sido decretados serviços mínimos de cerca de 30% a nível nacional, avançou o sindicato.
O Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) diz que a Infraestruturas de Portugal (IP) tem a obrigação de fazer auditorias ao seu Sistema de Gestão de Segurança para apurar os riscos e reduzi-los.
Os maquinistas de comboios do sistema ferroviário podem reformar-se aos 65 anos, sem penalizações, quando estiverem impedidos de desempenhar a profissão devido à sua carta de condução caducar nessa idade, anunciou hoje o Governo.