Dois dos 13 militares que se recusaram a embarcar no navio Mondego alegando razões de segurança, em março de 2023, e que foram suspensos, não receberam salário em maio, disse hoje à Lusa o presidente da Associação Nacional de Sargentos.
Os 13 marinheiros que se recusaram a embarcar no navio ‘Mondego’ alegando razões de segurança, em março de 2023, vão conhecer hoje as decisões disciplinares, segundo informação dada à agência Lusa por um dos advogados dos militares.
A defesa pediu para os arguidos serem julgados em audiência pública, à qual a comunicação social tenha acesso, já que o caso se tornou público, disse à Lusa o advogado Paulo Graça.
Os militares que se recusaram a embarcar no navio Mondego foram hoje acusados pela Marinha de “desobediência a uma ordem”, anunciaram os advogados de defesa, indicando que as sanções previstas não foram reveladas, mas podem incluir pena de prisão.
A ministra da Defesa vai ser ouvida hoje no parlamento sobre a polémica com 13 militares da Marinha, que em março se recusaram a embarcar numa missão no navio 'Mondego', e sobre o alegado atraso na criação da escola de ciberdefesa.
O chefe do Estado-Maior da Armada admitiu hoje que o caso do navio Mondego "fragilizou a imagem da Marinha", mas que a instituição "não mente" e dentro de um mês serão conhecidas as conclusões do processo interno.
A ministra da Defesa Nacional afirmou hoje que navio 'Mondego', da Marinha portuguesa, que teve uma avaria em março, já está operacional e fez uma missão na Madeira.
As associações militares representativas dos sargentos e praças defenderam hoje que o facto de o navio ‘Mondego’ ter falhado novamente uma missão reforça o “grito de alerta” dos 13 militares que recusaram embarcar noutra operação este mês.
Os advogados dos 13 militares do navio Mondego que serão ouvidos na segunda-feira pela Polícia Judiciária Militar, em Lisboa, alegam que "há indícios de prova que foram apagados" pela Marinha e vão pedir diligências de prova.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje que mantém a confiança no chefe de Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo, após a missão falhada do navio Mondego na Madeira.
A inspeção ao navio Mondego determinada pela Marinha concluiu que a missão ao largo da Madeira era "realizável em segurança", anunciou hoje o chefe do Estado-Maior da Armada na intervenção que fez aos militares da respetiva guarnição.