O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) rejeitou hoje todas as novas medidas de coação promovidas pelo Ministério Público (MP), mantendo o termo de identidade e residência (TIR) a Manuel Serrão e aos outros dois arguidos, na Operação Maestro.
O empresário Manuel Serrão foi hoje interrogado no Tribunal Central de Instrução Criminal no âmbito do processo Operação Maestro e o Ministério Público (MP) vai promover novas medidas de coação no dia 07 de novembro, às 14:00.
A auditoria aos projetos abrangidos pela Operação Maestro, que tem Manuel Serrão como um dos arguidos, identificou apropriação indevida de fundos europeus e foi enviada ao Ministério Público e ao ministro da Economia para instauração de eventuais processos disciplinares.
É uma das revelações da investigação ao alegado esquema fraudulento que permitiu a obtenção, desde 2015, de quase 39 milhões de euros para 14 projetos cofinanciados por fundos europeus. O Ministério Público considera o empresário Manuel Serrão “o principal mentor” desta iniciativa.
O Ministério Público (MP) suspeita do “comprometimento” do presidente do Compete 2020, Nuno Mangas, e de uma antiga vogal, assim como de diretores da AICEP, no alegado esquema fraudulento que permitiu obter 39 milhões de euros em fundos comunitários.
O jornalista Júlio Magalhães, que hoje foi envolvido numa operação judicial, comunicou à TVI a sua “indisponibilidade para se apresentar ao trabalho” tendo suspendido “voluntariamente” as tarefas de apresentação de noticiários que lhe estavam atribuídas, segundo um comunicado.
O programa Compete garantiu hoje estar “a colaborar” nos procedimentos policiais em curso no âmbito da Operação Maestro, que investiga projetos cofinanciados por fundos comunitários, assumindo o seu “compromisso com a gestão rigorosa e transparente” dos fundos públicos.