A falta de água está a gerar preocupação no setor agrícola no Algarve, mas enquanto os ambientalistas exigem limitações ao regadio, sobretudo de abacates, autoridades e produtores apelam à diversificação de reservas e a uma maior eficiência nos consumos.
Cinco organizações ambientalistas alertaram hoje para a "preocupante expansão" do regadio em Portugal, e deram parecer negativo a um estudo sobre a matéria cuja consulta pública termina hoje.
O Ministério da Agricultura vai lançar concurso público para os primeiros estudos de viabilidade do projeto de regadio do Tejo, um investimento estimado em 4,5 mil milhões de euros para levar água às regiões do Oeste, Ribatejo e Setúbal.
Cinquenta e cinco projetos de regadio agrícola estão aprovados no país com um investimento de 278 milhões de euros, estando 18 em obra, segundo o ministro da Agricultura.
O Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB) anunciaram hoje, em Lisboa, um financiamento de 280 milhões de euros para modernização e ampliação das infraestruturas de regadio, sobretudo no Alentejo.
O presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, considerou hoje um “exemplo para o mundo” a eficiência da rega na agricultura hoje praticada em Portugal, defendendo que não é preciso “ter medo dos agricultores como utilizadores de água”.
O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural disse à Lusa que já foram aprovados 22 projetos no âmbito do Programa Nacional de Regadios, no valor total de 248 milhões de euros.
O Governo vai implementar, até 2020, um programa de regadio em que serão investidos 500 milhões de euros de euros para levar a água a 90 mil hectares de terrenos agrícolas, anunciou o ministro da Agricultura, Capoulas Santos.