A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) decidiu suspender, por 90 dias, a recolha de dados biométricos da íris e rosto realizada pela Worldcoin Foundation, para salvaguardar o direito à proteção de dados pessoais, especialmente de menores.
A Worldcoin acusou hoje a Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD), que ordenou a suspensão da atividade da empresa naquele país, de “contornar a lei” da União Europeia e divulgar “afirmações imprecisas e equivocadas” sobre a sua tecnologia.
A Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) ordenou a suspensão da atividade da empresa Worldcoin, que nas últimas semanas fez scanners da íris de milhares de pessoas para recolher dados pessoais em diversos países, incluindo Portugal.
A remuneração de dados pessoais é inaceitável, alertou a presidente da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), explicando que os direitos fundamentais, como o direito à proteção de dados pessoais, não são bens transacionáveis.
A empresa do criador do chat GPT distribui criptomoedas em troca de uma fotografia à íris. Segundo o Jornal Expresso, em Portugal já foram recolhidos dados biométricos de 300 mil pessoas.
O CEO da startup de inteligência artificial OpenAI [a empresa por trás do ChatGPT], Sam Altman, lançou oficialmente, nesta segunda-feira, o projeto de criptomoedas Worldcoin, dotado de um sistema de verificação de identidade a partir da íris humana.