Se já passou pela Ribeira do Porto é provável que tenha reparado em videógrafos, com drones e câmaras profissionais às costas. Trata-se da equipa da Birdie, uma empresa que se especializa em transformar a sua visita numa memória em formato de vídeo profissional.
"Queremos tornar esta experiência acessível a todos", diz o co-fundador da empresa Rúben Magalhães.
A Birdie assume como o primeiro serviço de souvenirs em vídeo no mundo inteiro. Há quem decida levar um íman de um monumento importante para o frigorífico. Há quem decida comprar t-shirts a dizer "I Love [cidade X]". Há quem compre um postal com uma imagem emblemática da cidade. No caso da Birdie quer fazer recordações em vídeo. Cada sessão dura cerca de 15 minutos e são dadas todas as indicações para as pessoas: para onde olhar, com que acessórios pousar, o que fazer, etc. O objetivo, segundo Rúben Magalhães, é que seja uma experiência descontraída.
Os clientes podem escolher entre dois formatos, a partir dos 7,5€ por pessoa:
- a versão postcard é um formato horizontal com a duração de 60 segundos, sem limite de pessoas que podem participar.
- já o formato stories é num formato vertical, tem a duração de 30 segundos e só podem participar no máximo 4 pessoas.
Independentemente de qual escolher, há sempre a garantia de que irá receber o seu vídeo em 24 horas.
Apesar de terem continuado a funcionar durante este último ano, cumprindo as regras de segurança em vigor, os confinamentos levaram a uma perda de 30% das vendas, em relação ao ano anterior.
"Durante o confinamento apoiámo-nos muito no mercado interno. Se antes os clientes da Birdie eram 70% estrangeiros e 30% portugueses, durante estes últimos tempos inverteu completamente e passou para 70% de portugueses e 30% estrangeiro, maioritariamente espanhóis", refere Rúben Magalhães.
Além disso, a pandemia levou também a que planos fossem adiados. A Birdie queria expandir o negócio no ano de 2020, chegando a outros pontos de interesse, nomeadamente Lisboa e Aveiro.
Contudo, aperceberam-se de que havia potencial no mercado para uma aplicação que replicasse a experiência da Birdie, numa versão mais “DIY” (Do It Yourself), em que estão a trabalhar. Isto significa que a app, que terá planos gratuitos e pagos, permitirá que qualquer pessoa possa ter acesso a um vídeo profissional, onde quer que esteja. Como? As pessoas irão na mesma continuar a receber indicações, como que planos ou em que locais gravar, mas será tudo feito a partir do telemóvel. Pegando nas imagens gravadas pelas pessoas e juntando a imagens que já tenham dessa cidade, a edição é feita num tempo ainda mais rápido.
O co-fundador explica que, no futuro, querem continuar a ter modelos de franchise da Birdie noutras cidades e países, coexistindo com a app.
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