O Facebook estará a planear fazer uma mudança de gestão de marca na empresa — que deve chegar por via de um novo nome. A notícia é avançada pelo site The Verge.
O diretor executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, tem agendado nos seus planos comunicar a mudança de nome na conferência anual da empresa, marcada para 28 de outubro, mas pode fazer o anúncio mais cedo do que essa data.
Esta mudança, explica o The Guardian, será semelhante à forma como o Google colocou as suas marcas sob a alçada de uma empresa-mãe, a Alphabet Inc. Ou seja, a intenção de Zuckerberg passará por colocar a aplicação de redes sociais Facebook como um dos muitos produtos sob uma firma, que terá na sua chancela os bem conhecidos Instagram, WhatsApp, Oculus (e outros).
A notícia sobre esta decisão acontece num mês em que a tecnológica está debaixo de fogo por causa dos "Facebook Files": uma investigação conduzida pelo The Wall Street Journal que, através de uma fonte anónima, teve acesso a documentos confidenciais de uma investigação interna da empresa sobre as suas plataformas.
Os documentos acusam a gigante das redes sociais de ter conhecimento de danos aparentemente causados a adolescentes pelo Instagram e de ser "desonesta na sua luta pública contra o ódio e a desinformação". Por detrás desses documentos veio-se a saber que estava uma ex-funcionária, a agora denunciante Frances Haugen, que revelou a sua identidade numa entrevista ao programa da CBS "60 Minutos" e depois esteve no Senado norte-americano.
No seu testemunho no Senado, Haugen pintou um retrato impiedoso da empresa, afirmando que durante o seu tempo de trabalho no Senado se percebeu de uma "verdade devastadora": o Facebook retém informações do público e dos governos.
"Os documentos que forneci ao Congresso provam que o Facebook enganou repetidamente o público acerca do que a sua própria investigação revela sobre a segurança das crianças, a eficácia da sua inteligência artificial, e o seu papel na divulgação de mensagens divisórias e extremistas", afirmou.
Em resposta, numa longa publicação na sua página, Zuckerberg negou que o Facebook colocasse os lucros à frente da segurança. "No cerne destas acusações está a ideia de que damos prioridade aos lucros em detrimento da segurança e bem-estar. Isto simplesmente não é verdade", disse.
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