O “Massive Virtual Reality Laboratory” é um projeto de 700 mil euros que junta o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), onde está instalado.
É considerado o laboratório de realidade virtual “mais avançado” da Península Ibérica e nele trabalham 20 investigadores, entre bolseiros e investigadores seniores.
O ministro do da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, inaugurou o espaço e entrou no mundo da realidade virtual.
Através do projeto “DouroTur” viajou até ao miradouro de Galafura, para espreitar o rio Douro e os vinhedos em socalcos, e ainda vestiu o fato de bombeiros para treinar as condições de segurança em que um operacional pode entrar numa sala em chamas.
Este projeto, o “Tec 4 growth”, está a ser desenvolvido em colaboração com os bombeiros da Cruz Verde, de Vila Real.
O “Massive” vai estar de portas abertas às empresas e à sociedade e quer ajudar a desenvolver novos produtos, na formação dada pelas empresas e na avaliação de produtos que já existam no mercado.
Manuel Heitor enalteceu o facto de o ano letivo em Vila Real estar a começar com “mais ciência” e considerou que o laboratório pode funcionar como um “polo de atração” de jovens para o Ensino Superior e ajudar a ultrapassar o “maior desafio” da sociedade, que é a criação de empego.
Ou seja, o “Massive”, segundo o ministro, pode ser um “centro de atração de jovens para a atividade científica e para as atividades técnicas que possam potenciar novos empregos”.
Para além dos vários projetos já em curso no laboratório de realidade virtual, o governante considerou que este pode também ajudar no desenvolvimento do vale do Douro e da viticultura e ser um espaço de inovação e de aprendizagem para os produtores de vinho da mais antiga região demarcada e regulamentada do mundo.
“Penso que é uma aposta particularmente importante para os anos que aí vêm”, frisou.
O responsável pelo laboratório, Maximino Bessa, explicou que o “Massive” se distingue dos outros laboratórios de realidade virtual porque “permite explorar os cinco sentidos”.
O investigador referiu que a “realidade virtual pode ser aplicada a quase todas as áreas”, desde a saúde em que já é usada para o tratamento de fobias ou o treino de cirurgias, na promoção de destinos turísticos ou em jogos, área que tem registado um forte incremento.
“O objetivo agora é tornar o laboratório um espaço aberto à colaboração com a comunidade académica e industrial. Pretendemos apoiar a competitividade da economia recorrendo às soluções tecnológicas de que dispomos”, explicou Maximino Bessa.
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