Em comunicado, a ANEC indicou que a sonda “está estável e deve desacelerar por volta de 10 de fevereiro, entrar em órbita e pousar na planície Utopia, no hemisfério norte de Marte, em maio”.
“O local de pouso fica na encruzilhada de vários oceanos antigos”, explicou. “Os cientistas acreditam que este local tem grande valor científico e é provável que alcance resultados inesperados”, descreveu.
Lançada em 23 de julho, a Tianwen 1 é a primeira missão independente da China a Marte. Em 03 de janeiro já tinha percorrido 400 milhões de quilómetros.
A distância entre a Terra e Marte depende das órbitas de ambos os planetas e pode variar entre 55 milhões e 400 milhões de quilómetros.
O diretor de ciência e tecnologia da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China, Bao Weimin, disse que a desaceleração vai ser crucial para o sucesso da missão porque, se falhar, tornar-se-á uma “nave perdida” no sistema solar.
“Durante a operação, os sistemas de orientação, navegação e controlo desempenharão os papéis principais, pois serão responsáveis por calcular e ajustar cada manobra”, apontou Bao.
A nave já realizou três correções de meio curso e uma manobra orbital no espaço profundo, de acordo com o jornal oficial Diário do Povo.
A agência espacial do país asiático tem pelo menos outras três missões deste tipo programadas: a exploração de asteroides, por volta de 2024; outra missão a Marte para recolher amostras, em 2030; e outra missão de exploração, no mesmo ano, a Júpiter.
Nos últimos anos, Pequim investiu intensamente no seu programa espacial e, em janeiro de 2019, a sonda lunar Chang’e 4 pousou no lado oculto da Lua, não visível da Terra, um marco nunca alcançado na história da exploração espacial.
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