A Twitter precisa que o erro foi corrigido na segunda-feira e que está a decorrer uma investigação para determinar a quantidade de utilizadores envolvida, aconselhando os utilizadores a reverem as regras de partilha de dados.
Segundo a Twitter, existem dois casos diferentes, por um lado o dos utilizadores que "clicaram" numa publicidade para uma aplicação móvel e por outro, o dos utilizadores aos quais foi enviada publicidade com base no aparelho para se ligarem à rede.
"Desde setembro de 2018, nós pudemos mostrar-vos publicidade com base em deduções que realizámos a partir do aparelho que utilizam, mesmo sem nos terem dado consentimento. Os dados envolvidos ficaram nas mãos da Twitter e não incluíam informações como as palavras passe ou os endereços de mail", explicou a rede num comunicado divulgado no centro de ajuda 'online'.
A Twitter, que pede desculpa aos utilizadores envolvidos, assegura que, entretanto, adotou as "etapas necessárias para assegurar que o caso não se repete mais" e convida os utilizadores a contactar o departamento de proteção de dados através de um formulário.
Estes problemas, associados ao consentimento explícito dos utilizadores na utilização dos seus dados pessoais, surgiram depois da entrada em vigor, em maio de 2018, do Regulamento europeu de proteção de dados (RGPD).
O RGPD impôs nomeadamente às plataformas e 'sites web' que se assegurem do consentimento explícito dos utilizadores para recolherem os dados destes, nomeadamente para fins publicitários ou para partilha com empresas terceiras.
O RGPD obriga também qualquer empresa vítima de uma fuga de dados pessoais a avisar as autoridades competentes do país onde estiver localizada a sua sede europeia, que no caso da Twitter é a Irlanda, nas 48 horas posteriores a descoberta da fuga e as pessoas envolvidas o mais depressa possível.
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