“Em todos os passageiros que já transportámos no mundo temos uma taxa de satisfação superior a 90%, demoram 90 segundos a perceber como é que o veículo funciona, como trava ou como vira, por exemplo, depois disso todos estão de volta ao iPhone”, afirmou Jérôme Rigaud, responsável da Navya, uma empresa francesa de veículos autónomos 100% elétricos, num painel dedicado à tecnologia automóvel e mobilidade dos cidadãos.
Segundo o responsável da empresa, falta ainda criar um “método de pagamento único”, que permita às pessoas deslocar-se através de vários meios (comboio, metro, autocarro ou bicicleta, por exemplo), na mesma viagem, conseguindo fazer “apenas um pagamento”.
“Temos de oferecer aos passageiros uma experiência diferente e facilitar o pagamento, por exemplo. Também devem poder ver filmes, fazer uma videoconferência ou comprar bilhetes para o cinema”, disse.
Para Jérôme Rigaud, o elevado número de veículos que circula cria uma “sobrecarga nas infraestruturas das cidades” que, afirma, “não estão preparadas para tantas viaturas”, propondo a utilização dos veículos ‘shuttle’, com capacidade para transportar vários passageiros.
“A tecnologia evolui rápido, já assistimos a uma grande evolução nos últimos anos. Estamos a atingir um nível de segurança muito elevado, temos de passar para o plano de lidar com as autoridades, regular leis e definir a legislação para que todos os requisitos e a segurança dos passageiros seja garantida”, afirmou.
A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo Web Summit nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa, devendo permanecer na capital portuguesa até 2028.
A edição deste ano realiza-se até quinta-feira no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), em Lisboa.
Segundo a organização, nesta terceira edição do evento em Portugal, participam cerca de 70 mil pessoas de mais de 170 países.
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