Na Web Summit, onde apresentou a aplicação desenvolvida pela empresa “Dream Football”, de que é fundador, Luís Figo salientou que o recurso à tecnologia pode “criar valor para os clubes, mas também oportunidades para jovens de todo o mundo”.
“Quando comecei a jogar futebol nas ruas, a minha vida teria sido muito mais fácil se tivesse à disposição estas ferramentas”, disse.
Ao seu lado, João Guerra, co-fundador da “Dream Football”, exemplificou com o caso de quatro jovens residentes nas favelas do Rio de Janeiro que, através da publicação dos respetivos vídeos na aplicação, puderam dar a conhecer o seu talento e chegarem à atenção de treinadores e clubes.
“Hoje esses quatro jovens estão a jogar nos maiores clubes brasileiros”, como o Vasco da Gama, o Botafogo e o Fluminense, disse, salientando também a utilidade da aplicação para os clubes.
De resto, Luís Figo comentou que a evolução da tecnologia tem lentamente revolucionado o recrutamento de jogadores e comparou com a sua própria experiência enquanto jovem de 12 anos que a custo viajava da margem sul do Tejo para Alvalade à procura da oportunidade no Sporting que acabou por alcançar.
“A única oportunidade que tínhamos de treinar num grande clube era irmo-nos mostrar e esperar que o treinador gostasse de nós. Não era possível, como hoje, mostrar o nosso talento para o mundo”, relatou.
“Quisemos encontrar uma ferramenta para todos os jogadores que amam o futebol possam ter a mesma oportunidade para mostrar o seu talento e se tornarem conhecidos (…) claro que depois têm de mostrar o seu talento e que têm o que é preciso para se tornarem futebolistas profissionais”, concluiu.
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