Donos de um acervo de clássicos e verdadeiros “animais de palco”, vivem para a festa dos concertos onde a relação com o público é sempre o mais importante. São, neste momento, a mais antiga banda de rock & roll em Portugal.
Segundo a sua biografia publicada no site da banda, os Xutos & Pontapés nasceram depois de uma viagem pela Europa de Zé Pedro e Kalú, em que passaram pelo festival punk de Mont-de-Marsan, em França. De regresso a Portugal, Zé Pedro conhece os Faíscas, cede-lhes a garagem dos pais para sala de ensaios e acaba nomeado manager oficial.
É nessa garagem que começa a germinar a semente. Zé Pedro, Zé Leonel e Paulo Borges chamam-se Delirium Tremens, fazem audição a Kalú e mudam de nome para Xutos & Pontapés, depois de Beijinhos & Parabéns não ter sido aprovado. Borges acaba por ficar pouco tempo e chega Tim para completar o quarteto inicial. Em dezembro têm o primeiro ensaio oficial na Senófila, em Lisboa.
A 13 de janeiro de 1979, os Xutos & Pontapés Rock’n’Roll Band fazem a sua estreia em palco nos Alunos de Apolo, na festa comemorativa dos 25 anos do rock n’ roll, num cartaz que também inclui os Faíscas. Nessa altura, tocam quatro temas às três da manhã.
Em 1980 abrem para Wilko Johnson no Pavilhão do Belenenses. Ao longo do ano, vão acumulando concertos ao vivo e gravam a sua primeira maqueta, sem largarem os “empregos oficiais”: Zé Leonel trabalha na Companhia dos Telefones, Kalú na fábrica do pai, no Montijo, Tim estuda Agronomia e Zé Pedro escreve sobre música no Diário de Lisboa.
Em 1981, junta-se ao grupo Francis, pouco antes de Zé Leonel sair e Tim acumula o baixo com o microfone e o quarteto continua a dar concertos. No final do ano, assinam contrato de gravação com a Rotação, selo gerido pelo radialista António Sérgio, e editam o primeiro single, 'Sémen', o qual se seguiu 'Toca E Foge' e 'Papá Deixa Lá', em 1982.
O ano de 1982 é especial porque 'Sémen' é um êxito nas tabelas de preferências dos ouvintes de rádio e acabam a lançar o primeiro álbum, “1978-1982”, que é bem recebido pela crítica. Porém, eram os anos do “boom” do rock português e o disco não vende como se esperaria e a Rotação fecha no fim daquele verão. Os Xutos continuam a tocar ao vivo e nesse ano ainda gravam o genérico do programa “Som da Frente”.
Em 1983, o guitarrista Francis deixou o grupo, que ficou momentaneamente reduzido a um trio, até à entrada de João Cabeleira em novembro do mesmo ano.
Em 1984, fazem o primeiro dos seus lendários concertos de aniversário no Rock Rendez-Vous, com os Urb e os GNR na primeira parte. Os Xutos arrastam multidões aos concertos, mas as editoras não querem arriscar e a independente Fundação Atlântica, gerida por Pedro Ayres Magalhães, Miguel Esteves Cardoso e Ricardo Camacho, edita um single pontual com o hino 'Remar Remar'. O ano termina com a entrada para o grupo do saxofonista Gui.
No ano seguinte passam a maior parte do ano em conversações com a EMI para um contrato que nunca se concretiza. Frustrados com a inexistência de discos no mercado e as dificuldades de negociação, decidem fazer “prova de vida” gravando em tempo recorde o mini-álbum 'Cerco', lançado independentemente pela 'Dansa do Som', braço editorial do Rock Rendez-Vous. Os concertos de lançamento, na sala da Rua de Beneficência em Lisboa, batem os recordes de público do clube e o disco é reconhecido pelos fãs.
Em 1986, voltam a gravar 'Barcos Gregos' e 'Homem do Leme' para lançar em single e fazem dois concertos no Rock Rendez-Vous tendo em vista a gravação de um disco ao vivo, com duas salas esgotadas. O disco ao vivo acaba por não sair na altura (apenas verá a luz do dia em 2001), mas, em contrapartida, assinam finalmente o contrato discográfico com a Polygram (hoje Universal).
É já com a Polygram que em 1987 lançam o álbum 'Circo de Feras'. Para além do tema-título, este trabalho também reúne êxitos como 'Contentores', 'N' América', 'Não Sou O Único' e 'Sai P'rá Rua'. Este terceiro álbum acaba por ser um sucesso de vendas, chegando até ao fim do ano a Disco de Ouro (20 mil cópias). Neste ano, a digressão de seis meses termina em agosto com seis mil pessoas no pavilhão d’Os Belenenses. Pelo final do ano, o '7º Single', que traz a versão da 'Minha Casinha', vende 50 mil cópias (Platina) e torna-se num hino incontornável dos concertos até aos dias de hoje.
O álbum '88' marcou o final da década de 80 no que diz respeito a álbuns de originais, com temas como 'À Minha Maneira', 'Para Ti Maria' e 'Prisão Em Si', que acabaram por ser alguns dos melhores momentos do álbum que deu origem à mais ambiciosa digressão jamais feita por um grupo português, com 60 concertos realizados em quatro meses. Como resultado, foi editado o triplo álbum 'Xutos Ao Vivo' em 1988. Em 1989, foi ainda editado o single 'Se Me Amas/Submissão'.
Despedem-se da década de 80 com problemas de agenciamento, um verão de concertos (dos quais se destaca uma mini-digressão pela Europa) e um único single de inéditos, 'Se Me Amas'. Lançam a editora El Tatu, que virá a editar os Censurados e Ena Pá 2000, e Zé Pedro é um dos sócios do Johnny Guitar, um bar em Santos.
Os anos 90 que começam com 'Tu Aí' e um álbum gravado no Brasil
A década de 90 abre com o single 'Tu Aí' (tema cantado por Kalú), contribuição do grupo para a banda sonora da peça de teatro 'Inimigos'. Seguiu-se o álbum 'Gritos Mudos', gravado no Brasil, logo em 1990, naquela que constituiu a última participação do saxofonista Gui enquanto membro efetivo da banda.
O grupo gravou ainda os álbuns de originais 'Dizer Não De Vez' em 1992, 'Direito Ao Deserto' em 1993 e 'Dados Viciados' em 1997, cujos temas mais representativos foram 'Gritos Mudos', 'Pêndulo', 'Chuva Dissolvente', 'O Que Foi Não Volta A Ser', 'Jogo Do Empurra', 'Tonto', 'Dá Um Mergulho No Mar' e 'Manhã Submersa'.
Em 1991 acabam por ser poucos os concertos e Tim envolve-se nos Resistência. É editada a biografia oficial, assinada por Ana Cristina Ferrão, “Conta-me Histórias”.
Em 1994, 15 Anos depois do início, os Xutos apagam as velas no Coliseu do Porto, num espetáculo cheio de amigos, entre os quais os ex-membros Zé Leonel, Francis e Gui. Passam o ano em palco, numa digressão que termina no Campo Pequeno em setembro e chegam até a tocar com a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
No ano seguinte, no primeiro aniversário da rádio Antena 3, fazem um pequeno concerto acústico em que, à imagem dos “unplugged” da MTV, retiram a eletricidade aos seus temas mais conhecidos. A reinvenção funciona tão bem que rapidamente se começa a falar da possibilidade de lançar a atuação em disco. No Natal, logo após a atribuição aos Xutos pelo jornal Blitz do primeiro Prémio Carreira, “Ao Vivo na Antena 3” chega às lojas, acompanhado por uma tournée acústica que reproduz em palco o ambiente original da emissão.
Último disco dos Xutos na Polygram, este álbum torna-se num dos maiores êxitos de vendas do grupo, alcançando a Platina e fazendo chegar os clássicos do grupo a novos fãs. Em 1997 é o ano de 'Dados Viciados', primeiro álbum do grupo para a EMI, e da chegada dos Xutos à “catedral” lisboeta do Coliseu, em dois concertos que marcam o final da digressão 'Dados Viciados'.
No ano seguinte fazem a sua estreia no cinema compondo a banda-sonora do filme 'Tentação', de Joaquim Leitão, cujo tema principal, 'Para Sempre', se torna num dos seus maiores êxitos. Pelo meio de uma nova digressão de êxito, a Polygram lança o primeiro “best of” dos Xutos, 'Vida Malvada', reunindo material gravado entre 1986 e 1996.
Em 1999 é tempo de comemorar os 20 anos e lançam o álbum 'XX Anos XX Bandas', onde 20 bandas portuguesas regravam 20 clássicos dos Xutos “à sua maneira”. Depois, vem a Fotobiografia.
Em março, com um atraso de dois meses devido a doença de João Cabeleira, é a vez do já tradicional concerto de aniversário, esgotando o Pavilhão Atlântico (agora Meo Arena), para uma assistência de 17.000 pessoas. É o pontapé de saída para a digressão dos XX Anos, que termina no festival Sudoeste num concerto especial com a presença de alguns dos grupos participantes no disco de homenagem.
Terminam o ano a escrever uma nova banda-sonora, 'Inferno', de novo para o realizador Joaquim Leitão, e com a estreia a solo de Tim com o álbum 'Olhos Meus'. Neste mesmo ano, o grupo foi nomeado na categoria de Banda do Ano na entrega dos Globos de Ouro, realizada pela estação de televisão SIC.
Um novo milénio
Em 2000, editaram um título especialmente dedicado aos fãs incondicionais, com momentos da atuação ao vivo no festival Rock Rendez-Vous, a 1 de agosto de 1986. O disco recebeu o título '1.º de Agosto'.
No ano seguinte, fazem novo registo de originais. Desta vez lançam 'XIII' com alguns convidados (Mário Laginha, Mário Barreiros, entre outros). Este disco continha o single 'Fim Do Mês' e o tema principal da banda sonora do filme Inferno, de Joaquim Leitão.
Neste ano marcam presença na Queima das Fitas de Coimbra, que bate recordes de afluência na noite em que os Xutos tocam. A digressão é, no entanto interrompida, durante poucas semanas, por motivos de saúde de Zé Pedro.
Em dezembro, retornam ao formato acústico com uma temporada de concertos no Teatro Villaret, em Lisboa, com a participação especial de Camané. Contabilizam-se 600 mil espectadores entre todos os concertos de 2001.
Em 2002 lançam 'Sei Onde Tu Estás!', que foi gravado na Festa do Avante, na receção ao caloiro de Coimbra e no Lx Musicfest, em Lisboa, e em 2003, para marcar o 24º aniversário, editam em disco o registo dos concertos acústicos no Villaret, 'Nesta Cidade', que marca também o seu regresso ao catálogo da Universal (ex-Polygram) e cumprem um velho sonho de Zé Pedro, ao abrirem em setembro, o concerto dos Rolling Stones em Coimbra.
Em 2004, por altura da comemoração dos 25 anos de carreira dos Xutos, foi lançado o 17.º disco da banda: 'O Mundo Ao Contrário'. É apresentado o single 'Ai Se Ele Cai', que chegou às lojas uns dias antes da atuação do grupo no festival Rock In Rio - Lisboa, que começava nesse mesmo ano.
Fazem também dois concertos esgotados no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, em outubro, perante 28 mil espectadores.
'O Mundo ao Contrário' surge na banda sonora do filme 'Sorte Nula' e o Natal traz uma edição muito especial para os coleccionadores: uma caixa, limitada a duas mil cópias, que reúne todos os 25 singles lançados ao longo de 25 anos.
Também neste ano o Presidente da República, Jorge Sampaio, condecora os Xutos com a Ordem do Infante D. Henrique.
Em 2005 é o ano da digressão 'Três Desejos', inspirada pelo tema incluído em ''O Mundo ao Contrário' e os Xutos lançam um concurso para bandas locais abrirem os concertos do grupo na sua região.
No ano seguinte sai o triplo DVD 'Ai A P*** da Minha Vida', a história dos Xutos contada pelos próprios e por imagens de arquivo de 25 anos de carreira, produzida pela manager de sempre, Marta Ferreira, e realizada por Júlio Antunes. O ator e encenador António Feio encena uma peça musical inspirada pela história dos Xutos e incluindo apenas temas do grupo, 'Sexta-Feira 13'. Neste ano Tim lança o segundo disco a solo, 'Um e o Outro'.
Em 2007, a digressão chama-se, em honra ao DVD, 'Ai a P*** da Minha Vida', mas a meio do ano morre subitamente Marta Ferreira, irmã de Kalú e manager do grupo há mais de dez anos. O grupo interrompe os concertos durante alguns dias para depois regressar a palco. É editada a biografia de Zé Pedro, escrita pela irmã Helena, e o ano termina com a celebração dos 20 anos do álbum 'Circo de Feras', em três concertos no Campo Pequeno, encenados por João Garcia Miguel e com direção musical de Fernando Júdice, onde atuam pelo meio de artistas de circo e de performances artísticas.
Em 2008 gravam 'Cerco' e lançam o DVD dos concertos no Campo Pequeno, 'Circo de Feras ao Vivo no Campo Pequeno', realizado por Manuel Amaro da Costa. Tim edita o terceiro disco a solo, 'Braço de Prata'.
Em 2009 fazem 30 anos e comemoram em grande no Pavilhão de Portugal, onde estreiam ao vivo alguns temas do novo disco 'Xutos & Pontapés', que viria a ser editado em abril.
Com a chegada do verão e em parceria com a Super Bock lançam a cerveja “Super Bock XpresS Xutos & Pontapés” e em setembro é o mês da reedição do triplo 'Xutos ao Vivo', gravado n’Os Belenenses em 1988, que surge pela primeira vez na íntegra em CD e acompanhado pelo DVD do concerto gravado pela RTP e do regresso à zona para encerrar a tournée com o grande concerto dos 30 anos, no Estádio do Restelo.
Neste ano, a MTV Portugal atribui à banda o prémio de melhor grupo português e o álbum 'Xutos & Pontapés' atinge a marca de platina. Em novembro são as crianças que surgem em destaque, com a edição do livro “As melhores canções para crescer”, composto por textos da banda e ilustrações de Miguel Gabriel.
Os 30 anos terminam de forma honrosa com a atribuição à banda, por parte do então presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, da medalha municipal de mérito, por serem uma “banda referência na cidade”.
Em 2010 a empresa AJP Motos lança uma linha de motorizadas dedicada aos Xutos & Pontapés e lançam material escolar da Concentra. Tim lança também um novo trabalho, 'Companheiros de Aventura', com a presença de Vitorino, Rui Veloso e Mário Laginha.
A doença de Zé Pedro
Em maio de 2011 Zé Pedro vê-se obrigado a parar, mas, a pedido do mesmo, a tour não pára, sendo substituído pelo seu roadie Tozé. O regresso emotivo aos palcos acontece no concerto da banda no festival Optimus Alive, a 7 de julho.
Neste mesmo ano, a mítica marca portuguesa de calçado desportivo Sanjo cria uma edição limitada de ténis com a imagem da banda.
A convalescença de Zé Pedro não interrompe a tournée do grupo, que vai ao Brasil em outubro para tocar no Rock in Rio com os velhos amigos Titãs, e enche o Campo Pequeno durante dois dias em dezembro.
Nesse ano, também a Casa Agrícola Alexandre Relvas lança as edições limitadas de vinhos “À Minha Maneira 79/2011” e “Xutos & Pontapés colheita 2010”.
Zé Pedro edita também o seu disco a solo, 'Convidado', que reúne as várias colaborações que foi fazendo ao longo dos anos em discos de amigos como Paulo Gonzo, Jorge Palma, Sérgio Godinho, entre outros.
Em 2012 editam 'O Cerco Continua' e voltam ao Rock in Rio em Lisboa sozinhos no Palco Mundo e com os Titãs no Palco Sunset.
A Meia Maratona de Portugal, em 2012 sob o nome e temática “Maratona Rock n’ Roll Portugal”, termina com um miniconcerto dos Xutos junto ao Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações em Lisboa, e Tim edita 'Companheiros de Aventura – Ao Vivo' e Kalú estreia-se a solo entrando em estúdio para a gravação do seu primeiro disco 'Comunicação'.
Os anos vão passando e em 2014 comemoram os 35 anos, com um novo álbum, 'Puro'. Nos dias 7 e 8 de março trazem ao Meo Arena perto de 30.000 pessoas para um espectáculo onde 50 contentores grafitados enchem o palco numa megaprodução cénica nunca antes vista naquele espaço.
A 18 de maio, os Xutos são distinguidos com o Prémio Carreira dos Globos de Ouro e 11 dias mais tarde voltam a partilhar o palco com os Rolling Stones, desta vez no Rock in Rio Lisboa.
A 30 de outubro, nos concessionários oficiais da Harley-Davidson em Portugal, nascem as motas Harley XL Iron 883, personalizadas com a imagem da banda, que chegam para celebrar três décadas e meia de estrada.
O ano não termina sem que o '35' veja a luz do dia, o novo DVD da banda que regista os concertos de aniversário no Meo Arena.
Em 2015, Zé Pedro, juntamente com os Ladrões do Tempo, lançam o '1º Assalto', e Tim, com Os Tais Quais, lançam 'Os Fabulosos Tais Quais'.
Já os Xutos & Pontapés gravam uma versão acústica de 'Se me Amas', tema anteriormente editado no verão de 1989, originando dois concertos em formato acústico, em Guimarães e Lisboa, encerrando assim o ano.
Já em 2017, Zé Pedro, o guitarrista e fundador da banda, morre aos 61 anos, vítima de Hepatite C — doença que descobriu em 2001. O último concerto de Zé Pedro foi no dia 4 de novembro de 2017, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. "Obrigado também a todos os que gritaram o meu nome e fizeram com que tivesse força para continuar naquele palco até ao fim", agradeceu no final do concerto.
Em 2018 no Rock in Rio os Xutos & Pontapés deram um concerto emotivo, o primeiro grande espetáculo sem Zé Pedro, que contou com as três maiores figuras do Estado português em palco, nomeadamente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa.
Em palco, a acompanhar Tim, Kalú (bateria), João Cabeleira (baixo) e Gui (saxofone), estiveram familiares e amigos de Zé Pedro, entre os quais se encontravam figuras como os futebolistas Pauleta e Sá Pinto, a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, e a cantora Raquel Tavares.
No fim fez-se "um minuto de barulho e palmas pelo Zé Pedro" e ficou confirmado que o guitarrista terá sempre um lugar cativo na banda e no coração do público português.
Uma nova vida e 45 anos
Já no final de 2019, a banda edita '40 Anos a Dar no Duro', um duplo álbum que reuniu as 40 músicas mais marcantes da carreira da banda, alinhadas por ordem cronológica.
A coletânea começa por 'Sémen', o primeiro ‘single’ da banda, com letra de Zé Leonel e música de Tim.
Em 2022 e 2023, a banda assinalou os 35 anos do disco 'Circo de Feras', com vários concertos pelo país, que chegaram a contar com a participação do guitarrista Tó Trips.
Já este ano, no âmbito dos 45 anos da banda, os Xutos & Pontapés deram um concerto em Lisboa para 200 pessoas, em janeiro, e atuaram no Multiúsos de Guimarães, em abril.
Apesar disso, o grande momento do ano vai ser o conserto de aniversário este sábado 14 de setembro, no Queimódromo, no Porto, uma data que coincide com o aniversário de Zé Pedro.
Neste concerto, os Xutos & Pontapés vão tocar alguns dos seus êxitos, como 'Contentores', 'A Minha Casinha', 'Se me Amas', 'O Homem do Leme' ou 'Mundo ao Contrário' e 'Circo de Feras'.
A primeira parte do concerto, no Queimódromo, no Porto, é assegurada pelo projeto rock do músico portuense Gilberto Pinto, Meu General, e pela banda Conjunto!Evite, formada em 2010 pelos músicos Fábio Neves, José Deveza, Luís Rato e Sebastião Santos.
A propósito do concerto, a Comboios de Portugal (CP) oferece um desconto de 30% nos bilhetes (ida e volta) de inter-regionais, regionais e intercidades com destino ao Porto, entre os dias 13 e 15 de setembro, e uma redução de três euros nos comboios urbanos do Porto, mediante a apresentação do bilhete para a celebração dos 45 anos dos Xutos & Pontapés.
Os bilhetes custam 20 euros e ainda estão à venda aqui.
Por fim, este também foi o ano em que o Banco de Portugal colocou em circulação uma moeda de coleção, com o valor de cinco euros, dedicada aos Xutos & Pontapés, no âmbito da série “Músicos Portugueses”, e centenas de pessoas convergiram para o posto de venda da Casa da Moeda para adquirirem a moeda.
Num dos lados da moeda, desenhada pelo guitarrista Tó Trips, vê-se um X feito com os braços, tal como os fãs da banda costumam fazer durante os concertos. No outro lado foi escrito “Xutos & Pontapés” e “Rock ‘n’ Roll desde 1979” e a letra “X”, que é o símbolo da banda.
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