Intitulada "Coleção Gulbenkian. Grandes Obras", esta exposição "reúne mais de três centenas de peças daquela que é considerada a mais extraordinária coleção reunida por um só colecionador, na primeira metade do século XX, e que abrange mais de 5000 anos de História".

"Coincidindo com o 70.º aniversário da morte de Calouste Gulbenkian (1869-1955), a exposição não procura recriar o museu encerrado, mas usa o conceito de exposição temporária para explorar um caminho que a museografia das galerias permanentes não permite. Propõe-se assim criar uma narrativa retrospetiva (da Arte Déco à Antiguidade) dando especial atenção às afinidades formais entre objetos díspares, seguramente mais próxima dos critérios que norteariam a apresentação no palacete parisiense do Colecionador", é explicado em comunicado.

As obras expostas permitem fazer uma viagem no tempo — "começa no século XX e recua até à Antiguidade" — e "dialogam entre si, através de múltiplos temas que colocam em evidência o ecletismo que marcou o gosto do colecionador".

"O visitante poderá conhecer em flashback as várias épocas que mereceram a atenção de Calouste Gulbenkian, como as artes europeias e chinesas do século XVIII, os núcleos dos séculos XVI e XVII, a partir das coleções de arte islâmica e de pintura europeia, medalhística e livro, a época medieval e a Antiguidade", pode ainda ler-se.

Mas quais as obras mais importantes a ver? "As delicadas joias de René Lalique, assim como um conjunto de peças em vidro, assumem um natural destaque, no início do percurso, refletindo o profundo interesse do colecionador pela Art Déco. As obras do joalheiro francês fazem a ponte entre a arte europeia e a arte japonesa que, juntamente com a pintura e o livro, remetem para uma temática transversal desta apresentação: a representação do mundo natural".

Por sua vez, "a pintura do século XIX está representada por obras como As Bolas de Sabão de Manet, Retrato de Camille Monet de Renoir ou Retrato de Henri Michel-Lévy de Degas ou a escultura Flora de Jean-Baptiste Carpeaux".

Já no final, "a exposição encerra com a apresentação inédita do conteúdo do cofre-forte de Calouste Gulbenkian, onde guardava as suas preciosidades mais estimadas como diamantes, anéis, pulseiras, pendentes, valiosos manuscritos, caixas para cigarros, entre outras peças".