Antes de mais, vamos à vencedora do passatempo Noughts & Crosses da semana passada: Parabéns Inês Reis, gostámos muito da tua resposta e nos próximos dias vamos entrar em contacto contigo para te enviarmos o exemplar do livro.
“Food for Thought” para começar: Quais foram os filmes e séries mais vistos durante a quarentena?
Em parceria com a JustWatch, uma plataforma online que serve de guia para os teus filmes e séries favoritos, o SAPO24 foi à procura dos conteúdos mais vistos pelos portugueses durante este período de isolamento e distanciamento social.
- Top- 5 de filmes (dados de abril): Contágio, The Equalizer 2, Bad Education, Parasitas e Knives Out
- Top- 5 de séries (dados de abril): La Casa de Papel, El embarcadero, Roswell, New Mexico, Batwoman e Grey’s Anatomy
- Fun Fact: Desde 12 de março, o consumo de Netflix, HBO Portugal e Amazon Prime Video aumentou 171%, 162% e 147%, respetivamente.
- O que mudou: podes encontrar mais curiosidades e ver quais foram os conteúdos mais vistos antes e depois da quarentena ter começado, aqui
Uma realidade alternativa de Hollywood
Na semana passada, estreou na Netflix a série “Hollywood”, criada por Ryan Murphy que também foi o responsável por “Glee”. A premissa é muito simples: há várias décadas, Hollywood precisou de alguns atos de coragem por parte de alguns membros da indústria para a indústria de cinema americana ser mais inclusiva, em que atores e criadores de outras raças ou orientações sexuais teriam o mesmo número de oportunidades que pessoas brancas e heteressexuais que dominavam o mundo do cinema.
“Hollywood” (a série) cria então uma narrativa alternativa em que estas decisões difíceis acabaram por ser tomadas, mas sem esquecer como é que a indústria funcionava. Há um estúdio de cinema chamado Ace Pictures, cujo diretor sem saber escolhe um argumento de um autor negro e homossexual. Há um realizador com ascendência filipina que cai nas boas graças do estúdio e escolhe esse argumento como base para o seu filme. Há uma atriz negra contratada pelo estúdio cujo talento acaba por ser reconhecido numa audição e que consegue o papel principal. Mas há também a típica história de Hollywood, com o veterano de guerra, sem grande experiência de ator, a quem quase tudo corre bem para entrar na indústria depois de fazer alguns “sacrifícios” (depois descobres quais são). E ainda, o lado negro da indústria representado por um vil agente, que se aproveita dos seus clientes, desesperados por uma oportunidade num filme e por uma sociedade onde predomina o racismo e a homofobia onde os atores e criadores do filme são perseguidos.
- A história é boa, mas demasiado fácil: será difícil não acabar a série com um sentimento de felicidade, mas em muitos momentos a série parece mais uma distopia do que algo que devia ser uma demonstração mais ou menos fiel realidade desses tempos. Todos os sonhos são concretizados, os atores são todos bons uns para os outros e não há competitividade, enquanto barreiras à maior representatividade em Hollywood desaparecem muito facilmente no que diz respeito à forma como grande parte das personagens principais as encaram.
- Caras conhecidas: Jim Parsons (Sheldon de A Teoria do Big Bang) no papel de um famoso agente hollywodesco e Darren Criss (Blaine, em Glee) no papel de realizador em início de carreira.
- Se és fã de Ryan Murphy: American Crime Story (Netflix), American Horror Story (Fox) e Pose (HBO Portugal) são outras séries nas quais esteve envolvido.
Com algumas horas para gastar, Seinfeld dedicou-nos uma
Haja alguém que nos dê motivos para rir, além do Bruno Nogueira nos seus lives de Instagram. Na terça-feira, estreou na Netflix o novo especial de Jerry Seinfeld, de seu nome “23 Hours to Kill”. Não querendo spoilar o espetáculo, posso afirmar que de todos os stand-ups que já vi (e já foram alguns), é o primeiro que começa com um comediante a saltar de um helicóptero para a água, a uns metros consideráveis de altura, e a magicamente aparecer num palco na Broadway. Pode ser um dos sintomas de ter tempo a mais para gastar.
Durante uma hora, Seinfeld divide o seu stand-up em duas partes: uma com o tipo de humor a que nos habituou durante nove temporadas com na sua série Seinfeld, e em que diz coisas como “Everyone life sucks, mine just sucks a bit less” (Toda a gente tem uma má vida, a minha é só um pouco menos má) e “What’s the worst in the world, besides everything?” (O que é pior no mundo, além de tudo?); e outra em que partilha um lado mais pessoal do que é a vida de casado, desde que celebrou matrimónio há 20 anos, e em que reflete sobre o que teve de mudar na sua vida de solteiro – aparentemente o segredo está no tom de voz e em falar menos.
- 2017: foi ano em que Jerry Seinfeld assinou um contrato de vários milhões com a Netflix, e que trouxe para a plataforma a sua série Comedians in Cars Getting Coffee, bem como a promessa de mais stand-up e séries originais.
- 500 milhões de dólares: depois de perder os direitos de Friends e de The Office, este foi o valor que a Netflix pagou à Sony pelos direitos das nove temporadas de Seinfeld, que vão passar a estar no serviço de streaming a partir de 2021.
- Se gostas de Seinfeld: também estão na Netflix outros projetos do comediante como “Jerry Before Seinfeld”, “Jerry Seinfeld Comedian” e “I’m Telling You For The Last Time”.
Já lemos e já vimos. Agora podemos apenas ouvir a magia
O Rapaz Que Sobreviveu parece sempre encontrar maneiras de voltar a fazer parte do nosso dia-a-dia. Obviamente que falo da saga Harry Potter, que depois de 7 livros, 8 filmes, 1 spin-off com mais dois filmes e uma peça de teatro, volta novamente ao nosso radar em formato podcast no Spotify.
Como? A autora da saga J.K. Rowling uniu-se ao site Wizarding World e à plataforma de streaming para criar uma série de 17 episódios que correspondem a cada um dos capítulos da obra que nos apresentou o mundo de Hogwarts, “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. A iniciativa chama-se Harry Potter at Home (Harry Potter em Casa) e o objetivo é trazer o mundo mágico até pais e crianças durante o período de isolamento social.
- Um por semana: o primeiro episódio já está disponível e é narrado, nada mais nada menos, pelo ator Daniel Radcliffe (que interpreta Harry Potter no cinema), que durante 25 minutos lê todo o primeiro capítulo da obra que lhe deu fama, intitulado “The Boy Who Lived”. É uma experiência única para os fãs e marca um “regresso” do ator à saga, depois de Harry Potter e Os Talismãs da Morte Parte 2 ter sido lançado em 2011.
- Convidados de luxo: entre os nomes confirmados para os próximos episódios e leitura dos próximos capítulos estão David Beckham, Eddie Redmayne, Stephen Fry e Dakota Fanning.
- Para relembrares: todos os oito filmes de Harry Potter estão disponíveis na Netflix.
Créditos Finais
- Vejam Conversas de Roupão, liveshow no Instagram do SAPO24, apresentado pelo Samuel Úria que esta semana teve como convidado, o Tiago Bettencourt.
- “É Desta Que Leio Isto” é o clube de leitura em que precisas de estar para discutir as tuas leituras mais recentes.
- Billie Joe Armstrong, vocalista dos Green Day, tem lançado todas as segundas uma cover de uma música. Esta de “Kids in America” está muito catita.
- Gravar um filme no Espaço? Não é uma Missão Impossível, mas vai ser uma das próximas aventuras de Tom Cruise.
- Para quem gosta de How I Met Your Mother, Stumptown estreou quarta-feira na Fox Life com a Robin aka Cobie Smulders.
Tens recomendações de coisas que eu podia gostar? Ou uma review de um dos conteúdos que falei? Envia para miguel.magalhaes@madremedia.pt
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