Segue o Acho Que Vais Gostar Disto no Instagram (@vaisgostardisto) e no Twitter (@vaisgostardisto)
Não te esqueças de subscrever esta newsletter? Às sextas-feiras, escreve o humorista Guilherme Geirinhas, um conteúdo ao qual só poderás ter acesso se fores nosso subscritor. Podes fazê-lo aqui.
Chega na altura certa
Nos últimos anos, as plataformas de streaming têm-se esforçado bastante para substituir o vazio deixado por “Guerra dos Tronos” quando finalizou a sua oitava temporada. A história de George R.R. Martin reforçou ainda mais a popularidade do género da fantasia e têm-se sucedido as séries que tentam surfar esta onda de interesse. A Netflix apostou em séries como “Cursed” ou “The Witcher”. A HBO apostou em “Westworld” e “Mundos Paralelos”. A Amazon vai gastar “apenas” 450 milhões de dólares na primeira temporada da série de “Senhor dos Anéis”.
Vivemos na altura perfeita para o surgimento de mundos imaginários. No mundo real, estamos a lidar com a pandemia e com todos os problemas que daí vieram. Fazem falta realidades alternativas que levem a nossa mente para outros lados e que nos façam esquecer das coisas que temos saudades de fazer, livres de preocupações. A maior parte das séries e filmes já produzidos durante a pandemia fizeram questão de a deixar de fora, o que, por um lado, faz sentido, dado que ninguém quer ver no streaming um prolongamento das notícias do dia a dia. Mas, por outro, pelo menos no meu caso, ver personagens a sair à noite e a combinar coisas com amigos e família sem uma máscara ou desinfetante no bolso acaba por criar uma sensação agridoce.
Por isso, o universo de “Shadow and Bone” chegou em boa hora. No primeiro episódio da série da Netflix, ficamos logo a conhecer Alina e Mal, dois órfãos, melhores amigos desde a infância, que se reencontram num acampamento do Exército. Alina é uma simples cartógrafa, Mal um simples soldado e ambos estão prestes a ir naquela que é a missão mais perigosa do seu mundo: atravessar uma faixa sombria cheia de criaturas malignas que divide o seu reino, o Ravka, a meio. Mas não vão sozinhos. Contam com a ajuda de um exército de Grishas, seres com poderes sobrenaturais: uns são capazes de controlar elementos como o ar e o fogo, outros têm poderes curativos e ainda há um grupo que consegue criar objetos especiais. No entanto, a tarefa não fica mais fácil.
Durante o trajeto, a tripulação é atacada e, quando o fim parece próximo, uma explosão luminosa, uma espécie de Expecto Patronum (para quem estiver familiarizado com Harry Potter) sai do corpo de Alina e afasta o perigo, permitindo que ela, Mal e alguns tripulantes cheguem a bom porto. Já do outro lado do reino, não demora muito tempo até que a verdadeira identidade da jovem seja revelada. Num encontro com o General Kirigan, um dos líderes do Exército do Ravka e um Grisha capaz de dominar as sombras, Alina descobre que é na realidade uma Invocadora do Sol, uma figura que muitos consideravam um mito, e que só ela, ao dominar a luz do Sol, é capaz de fazer desaparecer o Sulco (nome dado à faixa sombria), que há séculos atormenta aquela região.
Passar de uma “zé-ninguém” para a única solução num mundo dividido, coloca Alina em rota de colisão com uma série de forças que não compreende e torna-a num alvo de cobiça para várias pessoas que querem tirar proveito das suas capacidades. O seu novo estatuto afasta-a de Mal e leva-a para o Pequeno Palácio que, ao contrário do que o nome pode indicar, é o edifício mais seguro do Reino. Longe de tudo o que conhece, a Invocadora do Sol terá de aprender a dominar os seus poderes ao mesmo tempo que se dá a conhecer ao mundo e desenvolve um clima de romance com o General Kirigan.
Contudo, “Shadow and Bone” não é só sobre Alina. As notícias do aparecimento de uma Invocadora do Sol chegaram ao reino de Kerch e um grupo de ladrões fica com a missão de raptar Alina em troca de 1 milhão de kruges, a moeda lá do sítio. Kaz (o líder), Jesper (um pistoleiro) e Inej (uma espécie de agente secreta) terão de fazer trinta por uma linha para não só chegar ao Ravka (incluindo a passagem pelo Sulco), mas também para encontrar a figura mítica de que ouviram falar, que estará a ser vigiada de perto. Cada um dos episódios da série vai assim abordar tanto a perspetiva da Alina como a destes ladrões que, na maior parte do tempo, até têm o coração no sítio certo.
A série, que é baseada na saga de livros da autora Leigh Bardugo, parece feita para quem já tem algum conhecimento prévio da história. Eu não pedia um genérico como o da “Guerra dos Tronos” para compreender aquele mundo, mas dava jeito que a série desse algumas referências geográficas mais fortes. Fora isso, é uma narrativa bem contada que se preocupa mais com as suas personagens e que não cede (e bem) à tentação de achar que tudo se resolve com efeitos especiais. Se, mesmo assim, ficaste com algumas dúvidas:
Vê aqui o mapa oficial do mundo de “Shadow and Bone”.
Vê aqui como é que o mundo foi adaptado dos livros para o pequeno ecrã.
Feliz Dia do Star Wars
“May the Force be with you” é uma expressão que já ouvimos centenas de vezes nos diferentes filmes e séries que compõem o universo de Star Wars. É também a saudação que originou o dia que hoje celebramos (May The Force = May 4th). Não é feriado, mas devia.
Pensei, por isso, deixar algumas sugestões de coisas que podem acompanhar as festividades, quer sejas o maior fã de Jar Jar Binks (uma raridade), quer tenhas decidido que hoje é o dia certo para descobrir o que é um lightsaber:
Ver “Star Wars: A New Hope”, o filme original que estreou nos cinemas em 1978 e que está disponível no Disney+.
Viste os filmes todos, mas achas que uma série ia ser mais do mesmo? Vê “The Mandalorian”, disponível no Disney+, e solta lágrimas de felicidade.
Vê o primeiro episódio de “Star Wars: The Bad Batch”. A série animada estreou esta terça-feira e acompanha as aventuras de uma equipa de clones imperiais que acaba a lutar do lado dos Rebeldes.
Estás a estudar/trabalhar e não tens tempo para ver nada? Ouve esta playlist do YouTube com beats lo-fi da banda sonora que todos conhecemos.
Créditos Finais
Álbum da semana. É este (e ainda um novo single para quem ficar curioso).
Amazon Prime Video. Escolher é difícil, mas a verdade é que a plataforma tem várias séries que valem muito a pena. Descobre nesta lista algumas das melhores.
RESET. O podcast, produzido pelo SAPO e promovido pela Delta Q, é apresentado pela Bumba na Fofinha e teve no primeiro episódio Ricardo Araújo Pereira a imitar o rapaz do “olhóz abionz látráz”.
Também queres dizer "Acho Que Vais Gostar Disto"?
Partilha esta newsletter com amigos e família, que poderão subscrevê-la aqui. Às sextas-feiras, quem escreve é o Guilherme Geirinhas, um texto exclusivo para subscritores.
Tens recomendações de coisas de que eu podia gostar? Ou uma review de um dos conteúdos de que falei?
Envia para miguel.magalhaes@madremedia.pt
Comentários