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Big Mouth Big Mouth
créditos: Rodrigo Mendes / MadreMedia

Os desenhos animados dos “grandes”

Se até há uns tempos ver filmes e séries de animação era algo associado aos mais novos, nos últimos anos, têm surgido vários conteúdos que nos vêm provar o contrário e temos assistido a um crescimento da popularidade das histórias contadas através de “bonequinhos desenhados”. “The Simpsons” é aquele clássico que todos conhecem. Depois surgiu “Family Guy”, “South Park”, “American Dad”, “Adventure Time”, “Rick & Morty” e tantas outras séries que nos conquistaram com episódios curtos e engraçados e personagens carismáticas.

Ainda que não tenha acompanhado todas estas religiosamente, recentemente descobri algumas que captaram a minha atenção, especialmente as que têm chegado aos meus ecrãs através da Netflix. Mas hoje venho falar-te de uma que considero que devia ser obrigatória para várias idades, desde adolescentes a pais, e que me cativou particularmente, quer dentro dos episódios, quer no que diz respeito a toda a criação: “Big Mouth”.

E o que é que esta série tem de especial? Para começar, conta-nos a história de várias personagens, na sua maioria pré-adolescentes, que estão agora a começar uma nova fase na sua vida e que enfrentam todos problemas diferentes. Nick é um rapaz baixo cuja puberdade e desenvolvimento físico e hormonal estão mais atrasados do que os de todos aqueles que estão à sua volta. Andrew, o seu melhor amigo, está mais à frente nesse aspeto. Os dois têm complexos, cada um à sua maneira, e estão a tentar perceber se tudo o que lhes está a acontecer é normal, e se todos à sua volta estão a sofrer as mesmas alterações. Para os ajudar a perceber tudo, aparecem personagens imaginárias, os Monstros das Hormonas, que os vão acompanhar na autodescoberta sexual e emocional.

Mas há mais obstáculos na vida destes adolescentes que também ganham vida nesta série. Existe também o Feiticeiro da Vergonha, o Mosquito da Ansiedade e a Gata da Depressão. Todos ganham forma e mostram que, afinal, há coisas que passam pela cabeça de todos eles que também passaram pela nossa, quando tínhamos a sua idade.

A verdade é que, mais do que uma série de bonecos animados, é um enredo com o qual todos nos conseguimos identificar, por termos passado por situações semelhantes quando também tínhamos 13 anos. Mas há várias razões que nos ajudam a perceber porque é que a história parece tão real e bem feita. A série foi criada por Nick Kroll e Andrew Goldberg, dois grandes amigos de longa data, e não é por acaso que também foram estes os nomes escolhidos para as personagens principais. Em várias entrevistas, como esta dada ao Bustle, os dois já admitiram que muitos dos acontecimentos da série são inspirados na sua adolescência e nas aventuras que viveram juntos.

  • A magia das vozes:Um dos criadores, o ator Nick Kroll, em quem é inspirada a personagem Nick, uma das personagens principais, faz a voz de mais de 15 personagens, incluindo a sua própria. Mas há mais nomes conhecidos que dão vida a estas personagens, como John Mulaney, Jason Mantzoukas, Jenny Slate, Maya Rudolph e Jordan Peele. Estranhamente, muitas das personagens são fisicamente parecidas às pessoas que lhes dão voz.
  • Há mais a caminho: A quarta temporada estreou no dia 4 de dezembro na Netflix mas os verdadeiros fãs (guilty!) viram tudo de uma só vez e já querem mais. A série foi renovada até à sexta temporada em 2019 e agora só resta rever todas as temporadas enquanto esperam novidades.
  • Temos direito a spin-offTambém em 2019 foi anunciada pela Netflix uma série ligada ao universo de “Big Mouth” que nos transportava para o mundo de algumas das minhas personagens preferidas: os Monstros das Hormonas. Não há novidades sobre este spin-off que foi anunciado com o nome “Human Resources”, mas ainda não perdi a esperança de que chegue à plataforma no próximo ano.
  • Outras séries animadas com o carimbo Netflix:“BoJack Horseman”, “Desencantamento”, “The Midnight Gospel” e “F is for Family” são completamente diferentes umas das outras mas merecem igualmente receber a tua atenção.

A verdadeira maratona natalícia

A árvore está montada, a lareira acesa e, sobre as pernas, está a manta mais quentinha. O espírito de Natal chegou oficialmente. Mas falta uma coisa para completar as tradições anuais: o filme que nunca pode falhar no mês de dezembro. Entre os clássicos da Disney que nos trazem a nostalgia de infância e os típicos “Sozinho em Casa” que todos nós já vimos mil e uma vezes, cada um tem as suas longas metragens obrigatórias. A minha escolha? Harry Potter, obviamente.

E, ainda que possa parecer estranho, uma vez que as varinhas e os feitiços não encaixam na estética desta época do ano, a verdade é que há vários anos que os feiticeiros e aprendizes de Hogwarts me fazem companhia nos dias antes da noite de Natal. Oito filmes significam oito noites a acompanhar a evolução do Harry, do Ron, da Hermione e dos meus vilões preferidos.

Mas, como acho que não preciso de te contar de forma detalhada o enredo, vou aproveitar o espírito que me faz mergulhar novamente no universo criado por J. K. Rowling e deixo-te com algumas curiosidades que nem alguns dos maiores Potterheads sabem:

  • Não podes dizer que és fã de Harry Potter sem saberes de que lado estás. Não há chapéu mágico, mas o site Wizard World ajuda-te a descobrir, através de várias perguntas relativamente às tuas preferências, a que casa pertences e qual é o teu Patronus.
  • Não é só nas escolas de Muggles que existe competitividade para ver quem é o melhor da turma. Por isso, e para nos ajudar a saber a quem pedir apontamentos das aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, o Screen Rant fez um ranking de quem tinha as melhores notas. Quem achas que ficou em primeiro? Spoiler Alert: Não foi a Hermione.
  • Se, por um lado, as personagens desta saga falavam inglês, por outro, havia também quem fosse poliglota e tivesse o dom do Parseltongue, a língua das serpentes. Também queres aprender? Obviamente existe uma espécie de Duolingo deste idioma peculiar. Espreita aqui.
  • O The Harry Potter Lexicon funciona como uma mega enciclopédia onde fãs compilam todo o tipo de informações sobre a saga. Para além de ter uma secção que te diz o que aconteceu neste dia no passado, presenteia os viciados e os curiosos com várias informações e podcasts com trivia sobre o mundo de Harry Potter.
  • Achavas que só em Hogwarts é que se voava em vassouras? No Brasil também. Um fã fervoroso do universo criou um novo meio de transporte inspirado nos voos. Mas, calma, a magia por detrás desta criação é pouca. A vassoura move-se, na verdade, através de uma roda e um motor.
  • Sabias que existe um site para que os fãs de Harry Potter que estão à procura de amor encontrem a sua alma gémea? Chama-se Dating For Muggles.
Mythomaniac Mythomaniac
créditos: Rodrigo Mendes / MadreMedia

 Quão longe ir por uma mentira?

De vez em quando, as nossas plataformas de streaming preferidas também gostam de nos dizer “Acho Que Vais Gostar Disto”, por isso, quando a Netflix me apresentou em destaque a série “Mytho”, eu aceitei a sugestão. Para começar, li a sinopse e vi o trailer. Pela minha primeira impressão, estava perante a história de alguém que era uma mulher, uma mãe, o pilar de uma família de classe média francesa, que contou uma mentira, a seu ver inofensiva, que acabou por tomar proporções que não estavam planeadas.

Ora, ainda que a minha primeira impressão não estivesse errada, a verdade é que a personagem principal, Elvira, não contou uma mentira inofensiva, como o típico “Sim, mãe, eu pus a comida a descongelar esta manhã. Juro que não foi há 5 minutos”. Frustrada com a sua vida pessoal e profissional, sente que é constantemente desvalorizada por todos à sua volta, ao mesmo tempo em que dá o seu melhor para que tudo corra bem. A relação com o marido já viu dias melhores e, em casa, tem três filhas que não podiam ser mais diferentes: Carole, a rebelde que está sempre metida em problemas, Sam, uma jovem transsexual que tenta ao máximo encaixar e ser aceite por todos, e Virginie, a mais nova que já quer viver como adulta.

Tudo isto culmina num cocktail de más decisões e, num pico de desespero por atenção e afeto, Elvira, interpretada pela atriz Marina Hands, acaba por dizer ao marido que foi diagnosticada com cancro da mama. Mas se, inicialmente, planeava que mais ninguém soubesse da sua doença falsa e tivesse, sem sucesso, tentado dizer a verdade, pouco tempo depois o tema começou a espalhar-se.

Quase como que do dia para a noite, o cancro ajudou a resolver quase todos os problemas desta família francesa. Serviu de desculpa para que o marido, com que a chama estava apagada, colocasse um ponto final na relação extraconjugal que mantinha em segredo e desse uma nova oportunidade à mulher. Para além disso, uniu toda a família e Elvira passou a ser o centro das atenções de todos à sua volta. Mas será que vai conseguir manter a mentira? Por quanto tempo? E de que forma vai conseguir com que tudo pareça credível?

  • Uma montanha russa moral: A série francesa tão rápido nos faz pensar no quão grave é Elvira ter inventado uma mentira que “brincava” com um assunto tão sério, como nos faz sentir compaixão pela mulher e mãe de família e pensar que, de facto, estava numa posição frágil em tudo à sua volta contribuiu para a sua decisão.
  • Onde tudo começou: “Mytho” ou “Mythomaniac”, como a série também é conhecida, estreou originalmente em 2019 no canal de televisão franco-alemão Arte.

Créditos Finais

  • Diz-me o que ouves, dir-te-ei quem és: Para os que gostam de ter tudo milimetricamente organizado, ou só para os que são curiosos, tem sido um trend nas redes sociais partilhar os gostos de cada um no que diz respeito ao que ouvem no Spotify. A ferramenta Organize Your Music permite-te analisar tudo aquilo que já ouviste e fazer diferentes gráficos com várias variáveis. Qual é a música mais alegre que ouviste? Qual é a mais dançável? E a mais popular? Descobre aqui.
  • Miley Cyrus em modo Savage: Desde que Miley lançou o seu disco mais recente, há umas semanas, o TikTok criou uma nova trend. De forma resumida, consiste em gravar um vídeo e escrever “Se a Miley comentar este vídeo, eu faço ___”. Desde então que a cantora (ou será a sua equipa?) tem andado a comentar vários vídeos e, entre pedidos de casamento e nomes de crianças, há muitas consequências que os utilizadores têm agora de cumprir. Espreita aqui alguns exemplos.

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