Ao longo de três fins de semana, com início a 5 e 6 de agosto, o município de Leiria e a produtora Omnichord juntam esforços numa programação multidisciplinar que pretende promover o diálogo com um dos castelos mais relevantes do país.
Segundo a organização, Ágora pretende cruzar “a memória, o presente e o que há de vir”, explorando vários territórios artísticos.
“Há aqui uma coisa de olhar para um passado que é muito perto de nós e há uma tentativa também de conseguir projetar aqui um futuro”, explicou à agência Lusa o programador de Ágora, Guilherme Garrido.
Encarando o Castelo como “uma espécie de farol que pode iluminar”, esta proposta cultural “só pode respeitar o que existe”.
E, por isso, a programação integra desde a fadista Aldina Duarte, que evoca “esse passado onde a palavra carrega uma missão e é representativa uma identidade bastante portuguesa”, até “o futurismo sónico de um Panda Bear e Sonic Boom ou as instalações do Filipe Batista e da Lua Carreira, que vão ocupar as cisternas do Castelo”.
Para Guilherme Garrido, esta será a oportunidade para “celebrar também diversas facetas da necessidade de estar num Ágora” que “é também um agora”.
A programação hoje anunciada contempla concertos de Aldina Duarte, Pedro Mafama, A Garota Não, Fado Bicha, Adufeiras de Idanha-a-Nova, Ana Deus e Marta Abreu, Orquestra Sem Fronteiras ou Panda Bear & Sonic Boom.
Segundo o programador, a programação foi pensada de forma a permitir ao público visitar “este castelo no seu silêncio”, combinando momentos artísticos com instantes de usufruto da paisagem construída e natural que existe no monumento.
As propostas para famílias são outra aposta forte, levando ao Castelo de Leiria os espetáculos “Mão verde”, de Capicua, “Antiprincesas – Clarice Lispector”, de Cláudia Gaiolas, “As Árvores não têm pernas para andar”, de Joana Gama, e “A Tristeza já me deu muitas alegrias”, de Mia Tomé e Noiserv.
No arranque de Ágora, há concertos de Aldina Duarte e Pedro Mafama no dia 5 de agosto, enquanto no dia 6 são apresentadas duas propostas de teatro infantojuvenil, “Antiprincesas – Clarice Lispector”, de Cláudia Gaiolas, e “As árvores não têm pernas para andar”, da pianista Joana Gama, além de uma atuação das Adufeiras de Idanha-a-Nova.
Ao longo do primeiro fim de semana é ainda possível ver a instalação de imersão e interatividade “A.T.M.A. 0.9”, que Filipe Baptista pensou para as cisternas medievais do monumento.
Ágora regressa depois ao Castelo de Leiria nos dias 9 e 10 de setembro e 07 e 8 de outubro.
Comentários