O espetáculo terá lugar em Cadogan Hall, uma sala com 950 lugares numa antiga igreja do início século XX que desde 2004 tornou-se num prestigiado espaço para música, sendo residência da Orquestra Filarmónica Real.
“Até Pensei que Fosse Minha” foi editado em outubro do ano passado e é inteiramente constituído por composições de Chico Buarque.
Em declarações à agência Lusa, nas vésperas do lançamento do CD, António Zambujo afirmou que apresenta “uma visão muito pessoal” das canções de Chico Buarque, que considera “um dos maiores autores da língua portuguesa”.
A ideia de fazer este disco surgiu num ambiente de tertúlia no Brasil com Chico Buarque, que António Zambujo conheceu pessoalmente há três anos.
“A música brasileira sempre teve um papel muito importante na minha formação enquanto ouvinte e enquanto intérprete. Acho que a qualquer altura iria acontecer uma coisa deste género”, explicou o músico.
O álbum apresenta 16 canções de vários períodos da carreira de Chico Buarque, de “Morena dos olhos d’água” a “Até pensei” – tema do qual é retirado o título do disco -, ambas dos anos 1960, passando por “João e Maria” e “Valsinha”, dos anos 1970, e “Cecília”, de 1998.
A apresentação do álbum no início do mês passado na Fundação Gulbenkian esgotou os dois primeiros dias, levando a organização a propor uma terceira data.
António Zambujo estreou-se nos palcos britânicos em 2003, no âmbito do Festival Atlantic Waves, e regressou em 2007 para um primeiro concerto a solo no restaurante-bar Momo.
Em 2013, voltou, mas como convidado de Ana Moura, tendo passado quase uma década para voltar a atuar a solo em Londres, o que aconteceu no ano passado, na Union Chapel.
António Zambujo, Prémio Amália Melhor Intérprete, em 2006, estreou-se no ciclo “Músicas do Mundo”, da Gulbenkian Música, em 2012, num espetáculo em que apresentou o seu álbum “Quinto”.
Segundo Caetano Veloso, António Zambujo, “é um jovem cantor de fado que faz pensar em João Gilberto” e “é de arrepiar e fazer chorar”.
Comentários