"Room to dream", que tem edição internacional em junho pela Penguin Random House, é apresentado como um livro biográfico e de memórias com cerca de 500 páginas, coassinado pela jornalista Kristine McKenna e pelo próprio David Lynch.
Segundo a editora, o livro intercala as reflexões de Lynch, hoje com 71 anos, sobre a própria vida com excertos de "longas e explosivas" entrevistas com cerca de 90 amigos, familiares, músicos, atores e colaboradores do realizador.
"Lynch responde a cada um dos excertos e revela a história íntima da vida para lá da arte", escreveu a editora norte-americana, na sinopse.
Desde a década de 1960, David Lynch estendeu a prática artística ao cinema, à música, à pintura, ao vídeo experimental ou à fotografia.
O trabalho é reconhecido sobretudo em cinema e televisão, com a série "Twin Peaks" e filmes como "O homem elefante" (1980), "Duna" (1984), "Veludo azul" (1986), "Lost highway: Estrada perdida" (1997).
David Lynch esteve em Portugal em 2007, quando foi homenageado com uma retrospetiva na primeira edição do agora rebatizado Lisbon & Sintra Film Festival, de Paulo Branco.
Na altura, foi o cinema que motivou a curta passagem do realizador por Portugal, mas Lynch aproveitou para fazer uma conferência sobre meditação transcendental, uma técnica que pratica desde os anos 1970 e que o levou a criar uma fundação.
"Eu era uma pessoa afetada pela depressão e pela raiva. Com a meditação consegui ultrapassar emoções negativas como o medo e a ira, libertei a minha consciência, e a criatividade começou a fluir", descreveu na altura aos jornalistas.
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