Intitulada “Adriano de Sousa Lopes — Conservação e Restauro das Obras Académicas pertencentes ao Espólio da FBAUL”, a exposição é inaugurada às 18:00, na Galeria das Belas-Artes.
A mostra é o resultado do trabalho de restauro das pinturas de Adriano de Sousa Lopes, realizado por Liliana Cardeira, no âmbito do seu doutoramento, de acordo com a FBAUL.
Trata-se de uma coleção de obras inéditas que fazem parte do acervo da FBAUL e que serão mostradas pela primeira vez ao público, assinala a entidade.
Adriano de Sousa Lopes entrou nas Belas-Artes de Lisboa em 1895, e ali foi aluno de Veloso Salgado (1864-1945), e de Luciano Freire (1864-1935).
Prémio Anunciação em 1900, parte para Paris em 1903 com uma bolsa do Legado Valmor, e durante esta primeira estadia em Paris frequenta a École Nationale de Beaux-Arts e a então famosa Académie Julien.
Expôs no Salão de Outono e, em 1907 e em 1908, viajou até Veneza, num prelúdio das viagens que mais tarde fará pela Europa e pelo norte de África.
Com a entrada de Portugal na I Guerra Mundial parte, em 1917, para a frente de batalha, integrando o Corpo Expedicionário Português.
Como oficial artista, o único entre as tropas portuguesas, regista o conflito militar e a vida dos soldados nas trincheiras do norte de França.
“Desta experiência resultará um trabalho único na história da arte portuguesa”, recorda a FBAUL.
Além das pinturas de Adriano de Sousa Lopes agora mostradas, a coleção das Belas-Artes integra ainda seis desenhos e 24 gravuras do artista.
Destas, dez estão diretamente relacionadas com a sua experiência na frente de guerra e com o trabalho daí resultante.
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