O realizador norte-americano Gus Van Sant vai estar em Lisboa em setembro, para estrear o espetáculo “Andy” na Bienal de Artes Contemporâneas – BoCA, mas, fruto de uma parceria entre a bienal e o festival, estará também presente no Queer Lisboa.
O festival, que decorrerá de 17 a 25 de setembro, prepara uma retrospetiva de “homenagem à obra de um dos autores mais prolíficos do cinema queer norte-americano”, contando com filmes como “Mala Noche” (1986), “A caminho de Idaho” (1991) e “Elephant”(2003).
O Queer Lisboa deu ainda “carta branca” a Gus Van Sant para programar na Cinemateca Portuguesa, tendo este escolhido dois filmes que fazem a ponte com o espetáculo de palco que estreará no BoCA: “Batman Dracula” (1964), de Andy Warhol, e “Andy Warhol: A Documentary Film” (2006), de Ric Burns.
Gus Van Sant irá estar presente numa sessão na Cinemateca Portuguesa para uma conversa com o público.
Sobre o cinema de Gus Van Sant, o Queer Lisboa recorda que o filme “Mala Noche” “é quase unanimemente considerado o título inaugural do chamado ‘New Queer Cinema’ […] quase num contraciclo com o estigma sofrido pelas comunidades queer em plena epidemia do VIH/sida”.
É um cinema que “vem apresentar uma nova forma de se representar as personagens queer no ecrã, segundo uma diferente abordagem às subjetividades de sexo, género e sexualidade”, refere o festival em nota de imprensa.
O Queer Lisboa revela ainda que quer fazer chegar o cinema de temática ‘queer’ a outras localidades, para lá do eixo Lisboa-Porto, que já acolhe o festival.
Esse “projeto de itinerância” acontecerá entre novembro e a primavera de 2022, em parceria com a associação ILGA-Portugal e com filmes que abordam temáticas sobre migrações, refugiados, direitos humanos, estigmas sobre VIH/Sida, sobre transgénero ou ativismo LGBTQI+.
O Queer Lisboa decorrerá no cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa e o Queer Porto, agendado entre 12 e 16 de outubro, está marcado para o Teatro Municipal Rivoli, Reitoria da Universidade do Porto e Maus Hábitos.
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