A 45.ª edição do festival, que decorrerá de 10 a 19 de setembro, contará com uma seleção de 50 filmes, substancialmente inferior às cerca de 300 obras exibidas na edição anterior, e com programação prevista sobretudo ‘online’ e com eventos presenciais limitados, devido à pandemia do novo coronavírus.
Da lista de filmes anunciados pelo festival, codirigido pela programadora portuguesa Joana Vicente, está a produção palestiniana “Gaza, mon amour”, dos irmãos Tarzan Nasser e Arab Nasser, com coprodução portuguesa, pela Ukbar Filmes.
A longa-metragem de ficção, que se estreará no festival de Veneza antes de chegar a Toronto, foi parcialmente rodada no Algarve e inspira-se numa história verídica ocorrida em Gaza, em 2014, quando um pescador encontrou uma estátua de Apolo no mar.
O Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) abrirá com “David Byrne’s American Utopia”, de Spike Lee, a lançar pela HBO, que regista em filme o espetáculo homónimo do músico dos Talking Heads.
Destaque ainda para a inclusão de “One night in Miami”, a estreia na realização da atriz Regina King com um filme sobre o pugilista Muhammad Ali, “Quo vadis, Aida”, de Jasmila Zbanic, e “A suitable boy”, de Mira Nair, escolhido para encerrar o festival.
Foi ainda selecionado “Casa de Antiguidades”, do brasileiro João Paulo Miranda Maria.
Em comunicado, a organização explica que manteve um esforço de diversidade na escolha dos filmes, “num constante compromisso de normalização da igualdade de género para as gerações futuras”.
Em tempos de pandemia da covid-19, que afetou o calendário dos festivais de cinema e toda a indústria cinematográfica, o TIFF juntou-se a outros eventos de outono, nomeadamente os festivais de Veneza (Itália), Telluride e Nova Iorque, nos Estados Unidos, num esforço colaborativo para a estreia conjunta do filme “Nomadland”, de Chloe Zhao.
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