Os fósseis de minúsculos filamentos e tubos formados por bactérias estão incrustados em camadas de quartzo, no que se supõe que fosse um sistema hidrotermal subaquático onde surgiram as primeiras formas de vida, entre há 3,7 e 4,4 mil milhões de anos.
Em 2016, foram identificados na Gronelândia fósseis com 3,7 mil milhões de anos que apontam para uma origem semelhante.
Para o estudo hoje publicado na revista Nature, os investigadores de instituições dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Noruega e Austrália, despistaram outro tipo de classificação para as suas descobertas, confirmando que se trata de fósseis de organismos.
"As estruturas são compostas por minerais que se formam a partir da putrefação e estão bem documentados nos registos geológicos. O facto de as termos descoberto numa das mais velhas formações de rocha conhecidas sugere que encontrámos provas diretas de uma das formas de vida mais antigas da Terra", afirmou Dominic Papineau, da Universidade da Califórnia, principal autor.
Estas descobertas coincidem no tempo com a altura em que "Marte e a Terra tinham água líquida à superfície, colocando questões emocionantes sobre a vida extraterrestre".
"Portanto, é de esperar que encontremos em Marte provas de vida há 04 mil milhões de anos ou, se isso não acontecer, a Terra pode ter sido uma exceção", acrescentou.
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