Os semifinalistas foram anunciados na noite de quinta-feira, numa sessão realizada no Consulado-Geral de Portugal em São Paulo, em que também foram homenageados a autora brasileira Marília Garcia e o português Bruno Vieira Amaral, os dois primeiros classificados da edição do prémio, no ano passado.
Vieira Amaral está de novo entre semifinalistas do Oceanos, em 2019, com o livro de crónicas “Manobras da Guerrilha”.
De Portugal também foram selecionados os romances “Princípio de Karenina”, de Afonso Cruz, “Pão de Açúcar”, de Afonso Reis Cabral, “Luanda Lisboa Paraíso”, de Djaimilia Pereira de Almeida, “Eliete”, de Dulce Maria Cardoso, “Juncos à beira do caminho”, de Francisco José Viegas, “Ecologia”, de Joana Bértholo, “A Devastação do Silêncio”, de João Reis, “Ensina-me a Voar sobre os Telhados”, de João Tordo, “Meio Homem Metade Baleia”, de José Gardeazabal, e “O fogo será a tua casa”, de Nuno Camarneiro
Entre os semifinalistas portugueses estão também os livros de poesia “Olha-me como Quem Chove”, de Alice Vieira, “Tratado”, de Luís Carmelo, “Estranhezas”, de Maria Teresa Horta, “Traçar Um Nome no Coração do Branco”, de Rosa Alice Branco, “Ao Ouvido do Diabo”, de Rui Xerez de Sousa, e “Aquilo que Não Tem Nome”, de Victor Oliveira Mateus.
Está ainda entre os semifinalistas o livro de contos “A Vida É Um Tango e Outras Histórias”, de Cristina Norton, escritora portuguesa de origem argentina, radicada em Portugal.
Os autores angolanos selecionados nesta etapa do prémio Oceanos são José Eduardo Agualusa, com o livro de crónicas “O Paraíso e Outros Infernos”, e Pepetela, com o romance “Sua Excelência, de Corpo Presente”.
A lista de 54 finalistas completa-se com 34 obras de escritores brasileiros, na disputa pelo prémio, com destaque para os romances “A Cidade Dorme”, de Luiz Ruffato, “A Tirania do Amor”, de Cristovão Tezza, “Entre as mãos”, de Juliana Leite, o livro de contos “Carne crua”, de Rubem Fonseca, e a poesia de Wagner Schadeck, em “Quadros Provincianos”.
Na sequência dos livros brasileiros selecionados surgem ainda “Alguns Humanos”, de Gustavo Pacheco, “Amores Cachorro”, de Emmanuel Nogueira, “Baldio”, de Rodrigo Madeira, “Cloro”, de Alexandre Vidal Porto, “Com Armas Sonolentas”, de Carola Saavedra, “De Espaços Abandonados”, de Luisa Geisler, “Do Outro Lado, Sedimentos ou até onde a Vista Alcança”, de Alexandre Rodrigues da Costa, “É o que Tem”, de Ésio Macedo, “Enterre Seus Mortos”, de Ana Paula Maia, “Entre as Mãos”, de Juliana Leite, “Eufrates”, de André de Leones, “Explorações Cardiomitológicas”, de Isadora Krieger, “Farinha com Açúcar ou Sobre a Sustança de Meninos e Homens”, de Jé Oliveira, “Graphophobia”, de Glauco Mattoso, e “Lua na Jaula”, de Ledusha Spinardi.
“Manual da Demissão”, de Julia Wähmann, “O Crime do Cais do Valongo”, de Eliana Alves Cruz, “O Imortal”, de Mauricio Lyrio, “O Livro dos Monólogos”, de Diógenes Moura, “O Preto que Falava Iídiche”, de Nei Lopes, “O Sal do Leviatã”, Alexandre Guarnieri, “O Tocador de Flauta”, de Álvaro Alves de Faria, “Os Cadernos do Desencontro de Antônio Guerra”, de Luciana Annunziata, “Sebastopol”, de Emilio Fraia, “Sob os Pés, Meu Corpo Inteiro”, de Marcia Tiburi, “Solo Noturno a Quatro Vozes”, de Thiago Mattos, “Sorte”, de Nara Vidal, “Um Beijo por Mês”, de Vilma Arêas, “Viajo com Os Olhos”, de Elson Froés, “Vícios de Imanência”, de Paulo Ferraz, são os restantes escolhidos.
Os organizadores do Oceanos informaram que os semifinalistas foram escolhidos por um corpo de 72 jurados de cinco países de língua portuguesa, entre um total de 1.467 concorrentes de 314 diferentes editoras de 10 diferentes países.
Além de escolher os livros que permanecem na ‘contenda’, este jurados votaram entre si e escolheram igualmente o júri intermediário, que vai avaliar os 54 livros semifinalistas para, em novembro, eleger os 10 finalistas.
Em 2019, a curadoria do prémio Oceanos está a cargo da linguista cabo-verdiana Adelaide Monteiro, da jornalista portuguesa Isabel Lucas, da gestora cultural Selma Caetano e do jornalista Manuel da Costa Pinto, ambos do Brasil.
O valor total dos prémios é de 250 mil reais (56 mil euros), dinheiro que será dividido por três.
O livro vencedor receberá 120 mil reais (27 mil euros), o segundo colocado, 80 mil reais (18 mil euros) e, o terceiro, 50 mil reais (11 mil euros), concorrendo entre si os livros de diferentes géneros literários.
O Prémio Oceanos conta com os patrocínios do Banco Itaú, da República de Portugal (através do Fundo de Fomento Cultural do Ministério da Cultura), da CPFL Energia e tem o apoio do instituto Itaú Cultural.
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