O filme do guitarrista e fundador dos Xutos e Pontapés, que morreu em 2017, é realizado por Diogo Varela Silva e interpretado por Zé Pedro, Henrique Amaro, Helena Santos Reis e Tim.
Com uma duração de 110 minutos, foi galardoado com o prémio do público no festival de cinema ‘Doclisboa’ de 2019.
O DIFF, este ano na segunda edição, foi fundado pelo empresário Michael Smith, criador da organização Screens Without Borders, e por Lena Lenzen, responsável da produtora timorense Pixelasia Productions, com sede em Díli, e diretora do festival.
“É uma celebração da partilha de contar histórias, uma janela para o mundo e uma oportunidade para os locais contarem as suas próprias histórias”, referiram os promotores.
Lena Lenzen disse à Lusa que a pandemia da covid-19 limitou a possibilidade da vinda de convidados internacionais, mas que por não existir transmissão comunitária em Timor-Leste abre outras possibilidades.
“Temos sorte porque somos dos poucos festivais que se vai poder realizar com presença física. No caso dos seminários e da formação, vamos apostar no virtual, e temos, com o apoio da Embaixada dos Estados Unidos da América, um workshop da American FIlm Show Case com realizadores americanos”, salientou.
“Por regras de segurança sanitária teremos menos gente e uso de máscaras. E por isso, também, optamos por mais apresentações de filmes no exterior”, referiu.
Com um programa que se estende por dez dias, o DIFF tem previsto apresentar filmes timorenses e internacionais em vários pontos da capital timorense, incluindo no Centro Cultural Português, onde será apresentado o filme sobre o guitarrista dos Xutos.
O festival está dividido em duas partes, com uma secção internacional e uma competição nacional de curtas metragens, com o objetivo de ajudar a fortalecer a ainda emergente indústria do cinema timorense.
Por isso, e a par da apresentação de filmes, o DIFF inclui formação e seminários que procuram apoiar jovens cineastas timorenses.
“Debates, vários eventos e até festas em torno às apresentações dos filmes são catalisadores de diálogo e de trocas de experiências”, sublinhou.
No total há 66 filmes de 28 países, dos quais 23 da UE, a que se somam 12 curtas nacionais, subordinados ao tema “Adaptar-se à Mudança”, com os prémios a serem entregues em 10 de outubro.
“O número de filmes locais a concurso duplicou face ao ano passado e verificamos uma grande melhoria de qualidade. Os argumentos são muito bons e o trabalho de câmara, iluminação e som registou grandes melhorias”, adiantou Lenzen.
“As pessoas aprenderam com as experiências anteriores e alguns grupos juntaram forças para reforçar projetos e isso ajuda também a reforçar esta ideia de comunidade”, sublinhou.
Entre os eventos previstos conta-se uma parceira com a Delegação da UE em Timor-Leste, o principal parceiro do DIFF, sob o tema Alterações Climáticas, com a participação de organizações locais e debates sobre o tema.
Um dos pontos altos deste componente é a apresentação do filme norueguês “Newtopia”.
Haverá ainda uma Secção de Diversidade com a comunidade LGBTI timorense, com documentários do Brasil e França, debates e uma exposição.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) apoia o @DIFF Day, em que jovens vão aprender sobre o poder do marketing nas redes sociais, com a apresentação do documentário australiano “Coffee Heroes”, que segue o percurso de uma barista polaca até se sagrar campeã mundial de baristas.
A Embaixada da Austrália vai apresentar a comédia “Top End Wedding”, em estreia e dobrada em tétum, a Embaixada da Alemanha traz o filme “Cherry Blossoms and Demons” e a Embaixada do Japão dará a conhecer a comida a nipónica com “Samurai Love Story”.
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