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Sanjoaninas. Esta é a maior festa dos Açores, há regatas, ralis, touradas, concertos e marchas. E ruas cheias, varandas engalanadas, e lugares marcados, a corda ou a cadeado, rua acima, rua abaixo, que a noite se faz longa, as pernas estão cansadas, e a rainha tarda em passar.
É dela a palavra que abre as festas em honra de São João, e também dela são as lágrimas, o aceno e o sorriso aberto... e o apelo, o apelo a uma revolta para "que cada um de nós comande a sua vida rumo à felicidade, enfrente injustiças, erga forças contra a tristeza, renuncie a solidão e celebre a vida".
Está dado o mote: a marcha da revolta faz-se dançando, o grito da vitória sai cantado, e para suster as tropas há bifanas, sangria e morcela, e amigos — amigos de perto e de longe, irmãos de sangue e de simpatia, e outros tantos para adotar, seja no final de um cortejo, na partilha de uma varanda ou no embate de um brinde.
As celebrações têm sotaque, duram 10 dias e não há hora para terminar. O investimento, garantem-nos, é bem empregue numa festa que é do povo, organizada pelo povo e para o povo, seja o residente ou o que está de visita, porque ao anfitrião o turismo não mete medo e está dominada a arte de receber.
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