“É um balanço superpositivo. Sabíamos que ia ser um cartaz muito bom pelo cartaz e pré-venda de bilhetes, mas não esperávamos que fosse tanto. Passámos mil pessoas da nossa melhor expectativa, que eram 45 mil pessoas. Na edição passada tivemos 32 mil, é um salto quantitativo e estamos contentes com isso”, afirmou hoje à Lusa o diretor do evento, Diogo Marques.
Segundo o responsável, estes números demonstram que o conceito do festival está “enraizado” e afirmam o evento na “agenda de festivais de verão”, sendo que o cartaz deste ano elevou a fasquia e a responsabilidade e o recinto – no concelho de Caminha - foi posto à prova, com quase 20 mil pessoas na sexta-feira.
“As pessoas saíram satisfeitíssimas, comeram bem, ficaram bem alojadas no nosso acampamento, que cresceu três vezes em relação ao ano passado. Os parques de estacionamento também cresceram, as pessoas ficaram mais cómodas e perto do recinto. Só temos boas críticas, o que nos leva a começar já a trabalhar na próxima edição”, acrescentou.
Para 2020, a organização vai seguir o mesmo alinhamento de artistas, tendo já encetado negociações com alguns.
Preveem-se ainda mais melhorias a nível de acessos, campismo e estacionamento, apesar de o recinto ficar com a mesma dimensão, com capacidade para 20 mil pessoas por dia.
“A nível de infraestruturas exteriores, vamos ter de mudar algumas coisas devido ao crescimento. Vamos adaptar, ocupar mais terrenos, mais estacionamento, uma comunicação mais direta com as autoridades para a facilidade de as pessoas chegarem ao recinto, isso já está definido. Já estamos a trabalhar nisso”, sublinhou.
O festival cresceu também ao nível da origem dos participantes, com cerca de 20% do público a pertencer a estrangeiros de 18 nacionalidades.
“Temos 18 nacionalidades diferentes, do Irão, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Itália, Estados Unidos ou Canadá. Vêm pessoas de todo o mundo. Isso leva a que o projeto não seja só nacional, mas também internacional. A nossa comunicação lá fora está melhor e faz com que aumente também no próximo ano”, vincou.
O presidente da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros, Carlos Alves, disse que este foi um ano de “afirmação” do festival que “jamais pode ser interrompida” e prometeu a continuidade do apoio, assim como o presidente da Câmara de Caminha (distrito de Viana do Castelo), Miguel Alves.
Já a coordenadora de eventos e patrocínios da EDP, Marta Marques, vincou que esta é “uma aposta ganha da marca e é para manter no próximo ano”.
O festival Vilar de Mouros começou na quinta-feira e termina esta noite com concertos de Prophets of Rage e Gogol Bordello, além de Fischer-Z, Gang of Four e dos portugueses Linda Martini e Jarojupe.
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