Em jeito de despedida, não deixou de dizer aos seus milhões de fãs que eles permaneceriam para sempre na sua "cabeça, coração e alma", e cantou uma última vez o seu grande sucesso "Goodbye Yellow Brick Road".
"Tocar para vocês foi a minha razão de viver, e vocês foram absolutamente magníficos", disse a estrela da pop, com 76 anos, ao público que esgotou a Arena Tele2, em Estocolmo.
Durante o seu percurso, o cantor britânico ganhou cinco Grammys, cinco Brit Awards, dois Óscares, dois Globos de Ouro, um Tony, um Disney Legends, e o Kennedy Center Honors em 2004. No mesmo ano, a revista Rolling Stone classificou-o com o 49.º lugar na sua lista dos cem músicos mais influentes da era do rock and roll e, em 2013, a Billboard também o classificou como o artista solo masculino mais bem-sucedido na Billboard Hot 100 de todos os tempos (terceiro no geral atrás dos Beatles e Madonna). Em 1996, foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame e no Songwriters Hall of Fame. É ainda membro da Academia Britânica de Letristas, Compositores e Autores e fez cerca de 4.600 concertos no mundo inteiro, segundo a BBC.
Neste último concerto, o cantor prestou ainda uma homenagem à sua atual banda e equipa, alguns dos quais estão em tour há vários anos com o artista. "Eles são realmente incríveis", disse, "e são os melhores, digo-vos, os melhores".
O concerto de despedida começou com "Bennie and the Jets" e foram tocados vários sucessos do cantor, nomeadamente "Philadelphia Freedom", "Tiny Dancer", "Rocket Man" e "Candle in the Wind".
Recorde-se que este último concerto faz parte da última tour do cantor, a Farewell Yellow Brick Road, uma série de concertos que começou na América do Norte em 2018, terminando com estes dois concertos em Estocolmo.
Para se despedir do público, Elton percorreu o mundo inteiro e tocou para mais de seis milhões de fãs, sendo um dos principais momentos a participação no Festival de Glastonbury no mês passado, quando se despediu dos concertos na terra que o viu nascer, o Reino Unido.
Neste último concerto no Reino Unido, o Festival de Glastonbury obteve uma das maiores afluências de sempre da história do festival e uma audiência da televisiva de milhões.
Na despedida dos palcos, em Estocolmo, o cantor teve direito a uma mensagem em vídeo dos Coldplay, que estavam também a tocar na Suécia nesta altura, mais precisamente em Gotemburgo.
Chris Martin disse a Elton: "Todas as bandas que ajudaste e inspiraste adoram-te, nós adoramos-te. Somos muito gratos por tudo fizeste pela Aids Foundation e sempre que fizeste o bem por alguém", disse ele.
De acordo com a revista Billboard, esta foi uma das tours mundiais com maiores receitas de bilheteira de sempre, sendo a primeira a atingir os 900 milhões de dólares (820 milhões de euros) em vendas de bilhetes.
Ao terminar o concerto, Elton teve ainda tempo de refletir um pouco sobre a sua vida, contando ao público sobre os seus "52 anos de pura alegria a tocar música".
Por fim, confirmou que "nunca mais faria uma tour", mas pode vir a fazer uma "coisa única" no futuro.
"Quero valorizar a minha família, os meus filhos, o meu marido, tudo. Eu mereço isso", disse.
Dedicou ainda a música "Don't Let The Sun Go Down On Me" à sua banda, equipa e família, sendo que o concerto durou mais de duas horas.
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