De acordo com a Embaixada de Portugal em Madrid, num comunicado hoje divulgado, “Patrícia Portela será a autora residente em Espanha, no âmbito II Bolsa de Residência Literária em Madrid”.
“Em Madrid, trabalhará num livro que tem como ponto de partida o quadro ‘El 3 de mayo en Madrid’ ou Los ‘fusilamientos’ de Goya”, refere a embaixada, acrescentando que “o trabalho de preparação desta obra será desenvolvido em colaboração com o Museu do Prado”.
Autora de vários romances e novelas, como “Para Cima e não para Norte” (2008), “Banquete” (2012) e “Dias úteis” (2017), Patrícia Portela editou no ano passado “Hífen”, obra finalista do Prémio Correntes d´Escrita.
A também autora de performances “tem vindo a explorar um trabalho artístico transdisciplinar, sendo reconhecida pelo ecletismo da sua obra”.
Patrícia Portela criou espetáculos como “Flatland, Wasteband”, “Por Amor” e “Parasomnia”.
No início deste ano, Patrícia Portela deixou a direção artística do Teatro Viriato, em Viseu, lugar que ocupava desde 01 de março de 2020.
A Bolsa de Residência Literária em Madrid consiste na estadia de um autor ou uma autora portuguesa durante o período mínimo de um e máximo de dois meses na capital espanhola, tendo durante esta permanência a oportunidade de trabalhar num “novo projeto literário”.
Segundo o regulamento do concurso, com a atribuição da bolsa, a Embaixada de Portugal em Espanha pretende “valorizar a realização de trabalhos de criação artística, neste caso literária, fomentando a sua dimensão internacional”.
Por outro lado, o autor ou a autora escolhida compromete-se a permanecer no espaço que lhe for atribuído durante o decorrer da bolsa e também a trabalhar exclusivamente no projeto de criação literária associado.
A Bolsa de Residência Literária em Madrid replica uma iniciativa idêntica que foi iniciada em Berlim, em 2016, e que se enquadra no programa de divulgação internacional do conjunto de iniciativas coordenadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Ministério da Cultura.
Patrícia Portela foi a autora residente, na primeira edição desta residência literária na capital alemã, da qual resultou o seu o livro "Dias Úteis".
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