A exposição, com curadoria de Sara Antónia Matos, dá seguimento ao programa de exposições do Atelier-Museu, que procura cruzar a obra de Júlio Pomar com outros artistas, para estabelecer novas relações entre a criação do pintor e a contemporaneidade.
Nessa linha, esta exposição é pensada, desde a sua génese, como uma intervenção específica no espaço do Atelier-Museu, onde Júlio Pomar e as duas jovens artistas — Rita Ferreira e Sara Bichão — revelam os seus trabalhos.
Nas palavras da curadora, Sara Antónia Matos, citada num comunicado do Atelier-Museu, a escolha das artistas teve em consideração “uma dimensão da arte a que tem sido dado pouco destaque, ou pelo menos, um realce pouco nítido”.
A obra da artista Rita Ferreira, nascida em Óbidos, em 1991, “tem vindo questionar o modo como a representação pictórica das imagens é pertinente na valorização dos sentimentos e das histórias que os objetos representados imanam e carregam consigo”.
A prática artística que a artista Sara Bichão, nascida em Lisboa, em 1986, tem vindo a desenvolver, situa-se, por seu turno, “num misterioso limbo entre a materialidade dos objetos presentes e a emotividade da memória passada”.
Tratando-se de artistas que não dispõem de materiais e textos de fundamentação sobre as suas obras, o Atelier-Museu considerou pertinente desenvolver uma primeira publicação individual, sobre cada uma, de modo a dar a conhecer os seus trabalhos anteriores e permitir uma compreensão mais alargada do seu percurso.
A exposição “Chama” ficará patente até 29 de abril.
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