A exposição “The Architecture of Life. Environments, Paintings and Films”, com escultura e pintura de Carlos Bunga, que ficará até 20 de maio no museu, tem curadoria de Iwona Blazwick, apresentando um conjunto de obras que sugerem a arquitetura como corpo e espaço mental, de acordo com o MAAT.
“O meu projeto é uma espécie de arquitetura; não é um espaço real, mas uma ideia mental”, descreve um texto do artista, nascido no Porto, em 1976.
A exposição começa com uma pequena maqueta de habitação social onde o artista cresceu, iniciando uma viagem desde a miniatura ao monumental.
Usando apenas cartão e tinta, Carlos Bunga “constrói maquetas arquitetónicas, peças de mobília como esculturas e pinturas enquanto ambientes imersivos”, segundo o MAAT.
“Animado por filmes das suas ações e atuações, assim como documentação de uma década de obras, este é o primeiro grande panorama da obra de Bunga. Encenando ciclos de construção e destruição, Bunga explora estados de destituição e de nomadismo; a natureza da experiência espacial; e o potencial criativo e simbólico de uma ruína”, acrescenta o texto.
Carlos Bunga formou-se na Escola Superior de Artes e Design (ESAD), nas Caldas da Rainha, estudou em Nova Iorque e venceu o prémio EDP Novos Artistas em 2003.
A sua obra é criada habitualmente através de intervenções em lugares escolhidos previamente, nos quais modifica as construções com papelão, tinta e fita adesiva.
O MAAT também vai apresentar um conjunto de obras inéditas de Ana Santos, distinguida em 2013 com o Prémio EDP Novos Artistas.
Intitulada “Anátema”, a exposição enquadra-se no campo expandido da escultura — ou, mais concretamente, da produção de objetos — baseada numa prática que assenta “na procura de um muito particular estado de atenção”.
“Promovendo o recurso à sensibilidade e à intuição como instâncias que permitem sublinhar a unicidade do ato criativo, as suas peças resultam de um processo de reflexão sobre as características formais, funcionais, morfológicas ou cromáticas de determinados materiais ou objetos encontrados e das relações que entre eles possa querer testar ou estabelecer”, descreve o museu.
“Hello, Robot” será também apresentada no MAAT para examinar o mundo atual da robótica, com mais de 200 peças das áreas de design e arte, com robôs utilizados em casa, nos cuidados assistidos e na indústria, bem como em jogos de computador, e instalações de media.
O objetivo é demonstrar a vasta panóplia de formatos que a robótica adota hoje em dia e alerta-nos para as questões éticas, sociais e políticas a ela associadas, levantando a questão: “Será que contribui para melhorar o nosso mundo?”.
Comentários