“Nesta exposição mostramos mais de 110 obras do artista, sendo maioritariamente inéditos, apresentando-se assim, pela primeira vez, um grande núcleo dedicado ao período surrealista do artista”, indicou a curadora e diretora de Artes da Fundação Cupertino de Miranda, Marlene Oliveira, num texto enviado à agência Lusa.
No mesmo documento pode ler-se que “mais de 80% destas obras serão apresentadas pela primeira vez nesta exposição, sendo grande parte da Fundação Nadir Afonso, da Família do Artista, da Galeria Filomena Soares em Lisboa, de três colecionadores privados, contando também com obras em depósito no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, Chaves”.
“O Surrealismo em Nadir Afonso” tem curadoria de Marlene Oliveira e Perfecto Cuadrado, e vai ser inaugurada no sábado, às 17:00, ficando patente até 19 de fevereiro de 2023.
“Revisitar a história da intervenção surrealista em Portugal é, de alguma maneira, o que esta exposição de Nadir Afonso quer fazer, lembrando de maneira especial na sua poliédrica, mas coerente trajetória artística, um momento ou um dos períodos — da década de quarenta do século passado — marcado pela presença do expressionismo e do surrealismo”, acrescentou Marlene Oliveira.
A responsável da fundação realçou que, nas obras de Nadir Afonso, “o Surrealismo manifesta-se tanto nas técnicas e nas formas como nos temas, com alusões a elementos do mundo mágico, mítico e onírico”.
“Em 1945 pinta ‘Évora Surrealista’, em que o próprio título já evocava a influência deste movimento na sua obra. Assim, é incontestável a presença do Surrealismo na obra de Nadir Afonso, como podemos observar nesta exposição”, sublinhou.
A exposição vai contar ainda com a exibição do documentário de Bernardo Pinto de Almeida sobre Nadir Afonso.
Nadir Afonso nasceu a 04 de dezembro de 1920, em Chaves, e foi arquiteto, pintor e pensador português, tendo morrido a 11 de dezembro de 2013.
Diplomou-se em arquitetura, trabalhou com Le Corbusier e Oscar Niemeyer, e estudou pintura em Paris.
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