“A cada ano, tentamos demonstrar o que há de bom no novo cinema italiano, sem esquecermos o grande património do cinema clássico, seja de autor ou mais popular”, afirmou Stefano Savio, em declarações à agência Lusa.
Com uma programação “bastante transversal”, a Festa do Cinema Italiano tenta “alcançar um público o mais amplo possível”. “Coisa que parece que estamos a conseguir, porque o festival continua a crescer, estamos em quase 20 cidades em Portugal, e vamos também para fora: Angola, Moçambique e Brasil”, referiu.
Além de Lisboa, este ano a Festa do Cinema Italiano decorre em mais 15 cidades portuguesas: Porto (de quarta-feira a domingo), Cascais, Setúbal (de quinta-feira a domingo), Almada (de sexta-feira a domingo), Coimbra (a 07, 12 e 13 de abril), Aveiro (16 e 17 de abril), Évora (11 a 13 de abril), Viseu (17 a 19 de abril), Beja (02 a 04 de maio), Moita (11, 18 e 25 de maio), Tomar (15 a 19 de maio), Loulé (18 a 20 de maio), Viana do Castelo (22 e 23 de maio), Caldas da Rainha (22 a 24 de maio) e Funchal (06 a 09 de junho).
A programação inclui várias antestreias em Portugal, como os filmes de abertura e de encerramento: “Sicilian Ghost Story”, de Fabio Grassadonia e Antonio Piazza, “que abriu a Quinzena dos Realizadores no Festival de Cinema de Cannes”, e “The Place”, de Paolo Genovese, “o mesmo realizador de ‘Amigos amigos, telemóveis à parte', que teve muito sucesso em Portugal e noutros países”.
Em antestreia serão também exibidos “Ammore e malavita”, de Manetti Bros, “um musical sobre a Camorra, a máfia de Nápoles”, que chega às salas portuguesas a 12 de abril, “A casa tutti bene”, de Gabriele Muccino, um “melodrama sobre contrastes numa família alargada”, “Nico, 1988”, sobre “os últimos anos da vida de Nico [cantora dos Velvet Underground], que tem tido muito sucesso em festivais”.
O realizador Marco Tullio Giordana estará no festival para apresentar o seu mais recente filme, "Nome di donna", e "A melhor juventude" (2003), longa-metragem de seis horas que relata a história da Itália contemporânea.
No que aos ‘clássicos’ diz respeito, haverá uma retrospetiva do realizador Marco Ferreri, “um grande nome do cinema italiano, um autor muito importante que merece ser descoberto”, feita em colaboração com a Cinemateca Portuguesa. Nos 90 anos do nascimento do cienasta, o ciclo revisitará obras como "A Grande Farra", "A Motoreta", "Dillinger morreu" e "Adeus Macho", entre outros.
Serão também exibidos “Cinema Paraíso”, de Giuseppe Tornatore, filme que completa 30 anos, com reposição em sala a partir de quinta-feira, e “O Carteiro de Pablo Neruda”, Michael Radford e Massimo Troisi, um filme “muito amado em Portugal”, diz Stefano Savio.
O filme de Michael Radford e Massimo Troisi será ainda tema do ‘Cine-Jantar’, nos dias 08 e 09 de abril, no Mercado de Santa Clara, “com cozinheiros da ilha de Salina [perto da Sicília], onde o filme foi gravado”, e de uma exposição, de desenhos e adereços da película, que estará patente no Cinema São Jorge e nas lojas FNAC de todo o país, a partir de quarta-feira.
No sábado será exibido o documentário "Fame", de Giacomo Abbruzzese e Angelo Milano, que estará em Lisboa. O filme é dedicado ao festival de arte urbana com o mesmo nome, que aconteceu anualmente entre 2008 e 2012 na cidade italiana Grottaglie, e no qual participaram, entre outros, Vhils, Blu e OsGemeos.
A programação inclui ainda uma sessão dedicada às crianças, no sábado, bem como atividades no sábado e no domingo, e a antestreia de “Gata Cinderela”, um filme de animação para adultos, durante a qual a organização irá experimentar um serviço de ‘babysitting’.
“Temos muitos pedidos de pessoas que queriam ir aos filmes e não têm onde deixar os filhos. A solução pode ser este serviço [que estará disponível este ano para a sessão de sábado no São Jorge], em algumas sessões”, referiu Stefano Savio.
Em Lisboa, a Festa do Cinema Italiano decorre até 12 de abril, com sessões no Cinema São Jorge, nos Cinemas UCI – El Corte Inglés e na Cinemateca Portuguesa.
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