“Não estão reunidas as condições para que decorra a 74.ª edição” do festival, referiu a organização, em comunicado, acrescentando que a decisão foi tomada tendo em conta as declarações do presidente francês.
Hoje à noite, Emmanuel Macron explicou que os festivais não poderão ser realizados antes de meados de julho, pelo menos.
A 74.ª edição do Festival de Avignon iria decorrer nesta cidade francesa de 03 a 23 de julho.
Em 08 de abril, o encenador e diretor de teatro Olivier Py pediu desculpas ao público por este ano o programa do festival ser divulgado “um pouco mais tarde” devido à pandemia do novo coronavírus e garantiu que o certame respeitaria “todas as diretivas das autoridades sanitárias do país”.
Nesse dia, em declarações à France Inter, Py dizia-se “inquieto, mas não completamente pessimista” em relação à concretização do festival.
Estavam previstos 24 espetáculos de teatro, entre os quais “Moby Dick”, “Freud”, “Otelo”, “Condor” e “Hamlet à l´impératif!”.
“Death and birth in my life” (“Morte e nascimento na minha vida”, em tradução livre) era a instalação-vídeo que abriria o certame.
Na área da dança, o destaque ia para a criação “Piano Works Debussy”, da bailarina Lisbeth Gruwez e da pianista Claire Chevallier.
Exposições, conferências, ateliês de literatura e de teatro e encontros de leitores constavam também do programa.
Durante 20 dias, as iniciativas do festival iriam realizar-se em vários locais da cidade, quer em espaços fechados, quer ao ar livre.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 117 mil mortos e infetou quase 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
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