O festival francês regista os regressos de Spike Lee e de Jean-Luc Godard, assim como de Lars von Trier, mas a imprensa especializada refere que esta é a primeira edição pós-"sismo Weinstein", como escreveu a France Press, e pós-movimento de denúncias #Metoo.
A este propósito, o festival disponibilizou uma linha telefónica de apoio, para acolher denúncias de condutas impróprias no festival.
Este ano, há a registar a ausência de filmes da plataforma Netflix e a não-comparência dos realizadores Jafar Panahi e o russo Kirill Serebrennikov, com filmes selecionados para a competição, mas impedidos de sair dos respetivos países por pressões políticas.
O cinema português estará presente na secção oficial "Un certain regard", com a estreia do documentário "Chuva é cantoria na aldeia dos mortos", de João Salaviza e Renée Nader Messora.
Na Semana da Crítica estarão "Diamantino", primeira longa-metragem de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, e a curta-metragem "Amor, Avenidas Novas", de Duarte Coimbra.
No programa dedicado aos clássicos, será exibida uma versão restaurada de "A ilha dos amores", de Paulo Rocha. Fora de competição estrear-se-á "O grande circo místico", do realizador brasileiro Cacá Diegues, rodado em Portugal e com atores portugueses.
A competição pela Palma de Ouro, com o júri a ser presidido por Cate Blanchett, inclui, entre outros, "Le livre d'image", de Jean-Luc Godard, "BlacKkKlasman", de Spike Lee, "Dogman", de Matteo Garrone, "Three Faces", de Jafar Panahi, e "Summer", de Kirill Serebrennikov.
Em Cannes acontecerá ainda a estreia de "Solo: A Star Wars story", de Ron Howard, e recordar-se-ão os 50 anos de "2001: Odisseia no Espaço", de Stanley Kubrick.
Pendente está ainda a estreia de "O homem que matou D. Quixote", de Terry Gilliam, escolhido para o encerramento do festival no dia 19, mas cuja exibição está pendente por causa de uma ação interposta pelo produtor Paulo Branco.
Este ano em Cannes, onde habitualmente acontece um desfile de figuras internacionais do cinema, amplamente fotografadas sobretudo por serem famosas e por aquilo que vestem, o festival decretou: Estão proibidas as 'selfies' na passadeira vermelha.
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