O festival, que entra na sua terceira edição, vai exibir “The Wound”, premiada longa-metragem do sul-africano John Trengove, hoje às 21:30.
O evento, que decorre no auditório Isabel Alves Costa do Rivoli, destaca o ciclo "This is Me" dedicado à representação autobiográfica no cinema queer.
Da programação faz parte “Silverlake Life: The View from Here”, “um dos mais importantes e injustamente esquecidos documentários sobre o VIH/Sida”, explica a organização do certame, que vai contar com a presença de Peter Friedman na cidade do Porto.
“Silverlake Life: The View from Here” foi realizado por Peter Friedman e Tom Joslin, de quem o festival também exibe, em “estreia absoluta”, “Black Star: Autobiography of a Close Friend”.
O ciclo “This is Me” vai acolher um conjunto de curtas-metragens e a longa-metragem “Tender Fictions”, da norte-americana Barbara Hammer, “figura incontornável do cinema experimental”, cujo trabalho incide nas “questões da política do corpo”.
Também em mostra vão estar outros filmes que “contribuem para uma reflexão sobre questões de autobiografia queer”, entre os quais o documentário “Mapplethorpe: Look At the Pictures”, de Fenton Bailey e Randy Barbato (nomeado para dois Emmys), e “Tarnation”, de Jonathan Caouette.
O cineasta Peter Friedman, nesta terceira edição do festival, vai ainda conduzir uma ‘masterclass', intitulada “Visual Storytelling”, a decorrer na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, que será acompanhada da exibição do documentário “Fighting in Southwest Louisiana: Gay Life in Rural America”, realizado por Friedman e Jean-François Brunet.
O festival conta ainda com “1:54”, do cineasta canadiano Yan England, que retrata uma história sobre ‘bullying’, protagonizada por Antoine-Oliver Pilon.
No festival estarão em exibição 30 filmes oriundos de 19 países diferentes, sendo os EUA aquele que tem maior representatividade, com 11 produções, seguindo-se Portugal, com seis, e Alemanha e França, com quatro filmes cada.
O Queer Porto 3 acolhe também a Competição de Filmes de Escolas Portuguesas “In My Shorts” e o programa de curtas “Under A Spell”.
O Queer Porto realiza-se na certeza de que já conta com “mais três edições garantidas”, assegurando a sua realização até 2020, segundo o diretor, João Ferreira.
“O Teatro Rivoli vai acolher-nos, já temos datas marcadas para 2018 e temos a certeza neste momento de, pelo menos, mais três edições garantidas em termos de financiamento”, explicou à Lusa esta semana.
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