Esta edição do DocLisboa é apresentada como sendo de resistência, porque terá sessões em sala – e também ‘online’ – e estender-se-á até março, dividida por módulos, para responder às circunstâncias da pandemia da Covid-19.
“Quando subitamente 2020 é abalroado por uma pandemia que obriga ao confinamento e ao isolamento social, sentimos que espaços democráticos de discussão coletiva seriam fundamentais. O Doclisboa teria de contribuir para a reconstrução e para o fortalecimento social”, afirma a direção do festival em comunicado.
Nesta 18.ª edição, o festival contará com 206 filmes, dos quais 31 em estreia mundial, que serão repartidos por uma programação mensal, em módulos, com sessões em sala e ‘online’.
O festival abre hoje na Culturgest com “Nheengatu – A Língua da Amazónia”, que regista a viagem de José Barahona ao encontro de uma população da Amazónia e de uma “língua imposta aos índios pelos antigos colonizadores”.
Na primeira semana do DocLisboa, haverá recolha de alimentos não perecíveis e de bens de higiene destinados à União Audiovisual, para serem distribuídos por profissionais do setor artístico cujo trabalho foi afetado pela covid-19.
Haverá pontos de recolha no cinema São Jorge e na Culturgest, sendo pedidos bens como massas alimentares, arroz, leguminosas, enlatados, leite, comida para bebés, dentífricos, papel higiénico e artigos de higiene feminina.
O primeiro módulo do festival estende-se até 1 de novembro contando, entre outros, com os filmes “Guerra”, uma estreia mundial da produção correalizada por José Oliveira e Marta Ramos, e “Chelas Nha Kau”, do Bagabaga Studios, em parceria com o coletivo Bataclan 1950.
O destaque vai para a descoberta da cinematografia “muito rica e pouco vista” da Geórgia, numa retrospetiva em parceria com a Cinemateca Portuguesa.
O segundo módulo do DocLisboa decorrerá de 5 a 11 de novembro.
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