A 27.ª edição do evento promete ser a “melhor de sempre”, segundo o diretor, João Carvalho, que, em entrevista à Lusa, havia destacado não só o regresso dos norte-americanos às margens do rio Taboão, mas também da australiana Julia Jacklin.
Depois do EP “Not Bad” e do disco “Black Bottle”, os Bed Legs inauguram o palco principal e apresentam o seu álbum homónimo, lançado no ano passado, que vai colocar a mexer os primeiros festivaleiros com o ‘rock’ e ‘blues’ do quinteto nortenho.
Ainda ao final da tarde, a australiana Julia Jacklin traz a Portugal a “mistura perfeita entre o sonhador ‘indie-pop’ e o sincero ‘alt-country'”, com o recém-lançado “Crushing”, que sucede a “Don’t Let The Kids Win”, de 2016, e ainda ao álbum homónimo de Phantastic Ferniture, de 2018, um projeto que partilha com Liz Hughes, Ryan K. Brennan e Tom Stephens.
Também a apresentar trabalho editado este ano vão estar os Boogarins. O conjunto brasileiro estreia-se no festival com “Sombrou Dúvida”, lançado em maio, e admitiu à Lusa que o compromisso na Praia Fluvial do Taboão originou a recente direção europeia, um momento pelo qual aguardavam desde a primeira vinda a Portugal.
“Estamos sempre prontos para fazer música e dar a festa ao povo, estamos fora do Brasil há muito tempo. Vodafone Paredes de Coura é o último ‘show’ da ‘tour’, mas desde o início foi o mais esperado. Quando confirmámos Paredes [de Coura] fomos a outras praças e procurámos outros sítios na Europa”, admitiu o guitarrista Benke Ferraz, em entrevista à Lusa.
Seguem-se os australianos Parcels, que, depois de uma série de EP’s e ainda de uma colaboração com os Daft Punk, se estrearam no ano passado com o longa-duração homónimo, considerado pela crítica especializada como um dos melhores discos do ano. Os Parcels vão ‘aquecer’ o público com o seu ‘groove’ antes da apoteose dos The National, prevista para as 00:45.
Os norte-americanos regressam ao festival, depois de terem atuado pela primeira vez em 2005. Desde aí, são várias as presenças e prémios acumulados pela banda de Matt Berninger, incluindo o mais recente “Sleep Well Beast”, de 2017, que venceu um Grammy na categoria de Melhor Álbum de Música Alternativo.
O fecho do palco principal abre espaço, às 02:25, para as sonoridades dos bairros e clubes de Kinshasa, a capital da República Democrática do Congo, pela mão dos KOKOKO!, um projeto que envolve um grupo de músicos do bairro de Ngwaka a desenvolverem repetidos padrões, a partir de instrumentos de cordas e objetos de percussão a partir de material reciclado.
A fechar a noite, o ator e DJ Nuno Lopes vai animar os mais resistentes com o seu habitual ‘dj set’, agendado para as 03:25, e assinalar o fecho do primeiro de quatro dias de música, que levam ainda às margens do rio Coura nomes como New Order, Patti Smith, Suede, Father John Misty ou Freddie Gibbs e Madlib.
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