Numa edição em que Portugal teve direito a destaque na secção “First Look” (“Primeiro olhar”), mas em que nenhuma produção portuguesa coube no palmarés, o prémio especial do júri foi para “M”, de Yolande Zauberman, enquanto a melhor realização foi atribuída à chilena Dominga Sotomayor por “Tarde para morir joven”.
O prémio para melhor atriz foi dado a Andra Guti, por “Alice T”, de Radu Muntean, e o melhor ator foi Ki Joobong, em “Hotel by the River”, de Hong Sangsoo, tendo sido atribuída uma menção especial a “Ray & Liz”, de Richard Bilingham.
Na secção “Signs of Life” (“Sinais de Vida”), o vencedor, anunciado já na sexta-feira, foi “The Fragile House”, de Lin Zi.
O prémio do público distinguiu “BlacKkKlansman”, de Spike Lee.
A edição deste ano de Locarno foi a última sob direção de Carlo Chatrian, que viaja até Berlim para assumir o festival de cinema da capital alemã.
O festival de Locarno contou com os filmes portugueses “3 anos depois”, de Marco Amaral, e “Sobre tudo sobre nada”, de Dídio Pestana, em competição.
“3 anos depois”, curta-metragem de Marco Amaral, competiu na secção “Pardi di domani”, enquanto a longa-metragem “Sobre tudo sobre nada”, primeira obra de Dídio Pestana, foi apresentada na secção “Signs of Life”.
O festival contou ainda com duas coproduções portuguesas: “Grbavica”, do catalão Manel Raga Raga (Portugal/Bósnia Herzegovina/Espanha), na secção “Pardi di domani”, e “Como Fernando Pessoa salvou Portugal” (Portugal/França/ Bélgica), do realizador norte-americano Eugène Green e com elenco português, no programa “Signs of life”.
Nesta 71.ª edição do festival de Locarno, que decorreu desde 01 de agosto, o cinema português esteve em foco no programa “First Look”, no qual foram exibidos vários filmes portugueses em fase de pós-produção para uma audiência composta apenas por profissionais, entre programadores, exibidores, distribuidores e produtores.
Nesta categoria, o documentário português “Campo”, de Tiago Hespanha, venceu o principal prémio, no valor de 65 mil euros em serviços de pós-produção.
Já “Viveiro”, de Pedro Filipe Marques, produzido por Luis Urbano e Sandro Aguilar, de O Som e a Fúria, recebeu os prémios de serviços de publicidade, no valor de 5.600 euros, e de design do cartaz internacional do filme, avaliado em 5.000 euros.
Em fevereiro, quando o festival anunciou a escolha de Portugal para este programa, a diretora artística adjunta de Locarno, Nadia Dresti, afirmou que “o cinema português tem sido sempre aclamado pela excelência artística por parte da crítica, mas ao mesmo tempo tem cativado os distribuidores e os principais festivais internacionais”.
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