O Grande Prémio do Júri, composto por Beatriz Batarda, Cláudia Lucas Chéu e Sérgio Tréfaut, foi atribuído a "Os Humores Artificiais", realizado por Gabriel Abrantes.
O júri justificou a sua escolha sublinhando que se trata de "um filme que se deseja que chegue ao grande público, através do seu caráter provocador e humor inusitado, constrói uma alegoria surpreendente sobre as várias formas de comunicação entre uma indígena e um robot".
A curta-metragem "Tudo o que Imagino", de Leonor Noivo, foi distinguida com uma Menção Honrosa, por ser "um filme generoso sobre o final da adolescência que (…) abre portas de um universo de quem vive à margem, e que conta com um jogo de improvisação habilidoso e ágil", explica o júri.
O público também votou nos favoritos a concurso na competição nacional, tendo eleito "Surpresa", um filme de animação de Paulo Patrício.
Este ano, o Córtex selecionou 15 curtas-metragens para a competição internacional e outras tantas da competição portuguesa, produzidas entre 2016 e 2017.
Na competição internacional, o Prémio de Melhor Curta foi atribuído ao filme de animação polaco "The Wizard of U.S.", realizado por Balbina Bruszewska.
"Um filme arrojado e profundamente livre de diferentes dispositivos de animação, baseado em elementos documentais transpostos para o universo ficcional de ‘O Feiticeiro de Oz’ e da Disney. Como resultado, temos um raro objeto de fusão de géneros cinematográficos, com uma forte ironia e crítica social de uma enorme humanidade", explicou o júri composto por Ana David, João Ferreira e Margarida Leitão.
Na quarta-feira, 17 de abril, vão ser exibidos os filmes vencedores desta edição, no Cinema Ideal, em Lisboa.
No dia seguinte, o certame faz uma retrospetiva do trabalho do realizador austríaco Ulrich Seidl, com a exibição da longa metragem "Safari" (2016), um documentário que conta a história de um grupo de turistas alemães e austríacos que viajam até África para se dedicarem à caça de animais selvagens.
A retrospetiva organizada pelo Córtex sobre Ulrich Seidl mostrará o período inicial da carreira do cineasta, "dando a conhecer pela primeira vez os seus filmes de escola e as produções que realizou para televisão nos anos 90", lê-se na programação.
Na sua oitava edição, o Córtex teve mais dias de programação no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, e pela primeira vez estendeu-se a Lisboa, com a exibição de filmes no cinema Ideal.
Outra das novidades este ano é a secção intitulada "Frontal", com uma programação de curtas-metragens destinada a "unir jovens adolescentes e séniores. (...) Esta é uma iniciativa inédita nunca antes pensada para um festival de cinema em Portugal", afirma a organização.
O Córtex é uma iniciativa da Reflexo - Associação Cultural e Teatral, com apoio da Câmara Municipal de Sintra.
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